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ONG, ativistas e políticos pedem libertação de Alaa Abd El-Fattah

Está convocada uma manifestação em sua honra às 18h30, no Largo do Intendente, em Lisboa.

ONG, ativistas e políticos pedem libertação de Alaa Abd El-Fattah
Notícias ao Minuto

10:33 - 05/09/22 por Notícias ao Minuto

País Manifestação

Para o 157.° dia de greve de fome de Alaa Abd El-Fattah, segunda-feira, 5 de setembro, às 18h30, no Largo do Intendente, em Lisboa, está convocada uma manifestação pela sua libertação e o fim das prisões políticas no Egito. 

O ativista egípcio-britânico Alaa Abd El-Fattah, uma das principais vozes na revolta de 2011 que derrubou o governo de três décadas do presidente Hosni Mubarak, está "encarcerado ilegalmente, sujeito a maus tratos e tortura, está em greve de fome desde 2 de abril de 2022", pode ler-se numa carta aberta assinada por Ana Gomes, Marisa Matias, Joacine Katar Moreira, Diogo Faro, Fernanda Câncio e Pedro Neto, da Amnistia Internacional, entre várias Organizações não Governamentais (ONG), ativistas e centenas de cidadãos portugueses.

"Alaa passou a maior parte da última década atrás das grades e foi condenado, em dezembro de 2021, a cinco anos de prisão sob acusações de disseminar notícias falsas. Não é caso único: o regime autoritário de Abdul Fatah Al-Sisi detém, prende e tortura, de forma sistemática, milhares de pessoas que contestam a repressão. Estima-se que o Egito tenha, neste momento, mais de 60 mil presos políticos, e é o terceiro país do mundo que mais prende jornalistas", pode ler-se. 

Os signatários exigem a "libertação de todas as pessoas presas nas prisões da Agência de Segurança Nacional ou na sua sede"; de todas as pessoas que "excederam o período de prisão preventiva: 6 meses para aquelas acusadas de contraordenações, 18 meses para aquelas acusadas de crimes, e 24 meses para aquelas que podem enfrentar prisão perpétua ou pena de morte"; de "todas as pessoas que foram sentenciadas inconstitucionalmente (de acordo com a nova Constituição), como aquelas que foram acusadas de publicar conteúdo ilegal, ou acusadas em tribunais de emergência e a "absolvição ou liberdade condicional para todas as pessoas condenadas em casos onde não haja vítimas".

Além da libertação dos presos políticos, a carta aberta pede também o boicote da COP27 (do inglês 'Conference of Parties'), a conferência que junta líderes políticos de todo o mundo para discutir políticas climáticas e que está marcada para entre 6 a 18 de novembro, em Sharm El-Sheikh, no Egito.

Se, no ano passado, a conferência em Glasgow foi criticada por ativistas ambientais pelas metas insuficientes a que os países se comprometeram, a conferência deste ano é considerada pelos signatários da carta como uma tentativa do regime de Abdul Fatah Al-Sisi para limpar a sua imagem.

"Tal como aconteceu em edições passadas, a conferência tem servido para adiar a tomada de decisões que resolvam a crise em que nos encontramos, distraindo-nos com pequenas insignificantes propostas. Enquanto isso, o regime de Sisi utiliza esta conferência para se vangloriar pelo seu papel ambientalista", explica o texto.

Leia Também: Israel aceita trégua na Faixa de Gaza proposta pelo Egito

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