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Ausências no rastreio de cancro da mama? Iliteracia na saúde será motivo
A presidente da IPLS diz que é necessário que outras entidades se envolvam nestes rastreios.
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País Cancro da mama
A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (IPLS) considerou, esta sexta-feira, que a falta de literacia na saúde pode ser um dos motivos pelos quais mais de metade das mulheres convocadas não fizeram o rastreio do cancro da mama, em 2021.
“As razões de falta aos rastreios podem prender-se com um conjunto de fatores que estão direta ou indiretamente relacionados com a literacia em saúde, porque falham no acesso, na compreensão, no uso dos recursos e numa necessidade de desenvolvimento de competências individuais e coletivas”, explica a presidente da SPLS.
As declarações de Cristina Vaz de Almeida decorrem no dia seguinte aos números publicados pelo jornal Público, que indica que das 655 mil mulheres convocadas, apenas cerca de 355 mil (46%) apareceram.
"O processo de acesso ao sistema de saúde e aos rastreios não é claro, isto é, as pessoas devem saber claramente qual o percurso que devem fazer”, acusou a presidente da sociedade, relembrando que também a pandemia afastou algumas mulheres da saúde.
Em comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, a SPLS refere ainda que o número de convites no ano passado foi superior ao dos níveis pré-pandemia.
"O número de mulheres convocadas em 2021 subiu cerca de 20% face a 2019 e a cobertura nacional rondou os 91%. Este crescimento deve-se, principalmente, ao alargamento dos rastreios à maior parte dos concelhos de Lisboa e Vale do Tejo. Ainda assim, apesar do menor número de convocatórias, houve mais mulheres rastreadas em 2019 do que no ano passado", lê-se na nota.
A responsável sublinha ainda a importância que a Liga Portuguesa Contra o Cancro tem nestes rastreios, referindo que, apesar de ser feito um bom trabalho, é necessário que outras entidades se envolvam, como por exemplo as empresas onde as pessoas trabalham, igrejas, associações desportivas, entre outras.
Leia Também: Mais de 88% dos utentes com médico de família, mas número baixou em 2021
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