A presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) pediu a demissão esta quinta-feira - e o Governo aceitou.
A notícia é avançada pelo Jornal de Negócios, que garante que esta demissão acontece após a polémica da acumulação de subsídio de desemprego com colaborações pontuais na mesma empresa que a despediu, e da qual é sócia Adelaide Franco, a demissionária.
Ao mesmo jornal, fonte oficial do ministério do Trabalho e da Segurança Social confirmou que a tutela aceitou a demissão de Adelaide Franco, “que se encontra a exercer o cargo em regime de substituição”. “Estão já agendadas entrevistas com os candidatos indicados pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) que reúnem condições para exercerem o cargo de presidente, mas também para o cargo de vogal", adiantou ainda a fonte.
Também o Jornal de Negócios divulgou, no passo mês, que Adelaide Franco foi despedida da empresa da qual era sócia - tendo recebido subsídio de desemprego entre maio de 2020 e outubro de 2021.
Durante o período do subsídio desenvolveu várias atividades que classifica como “pontuais” e não remuneradas relacionadas com esta empresa, na qual viria a ser reintegrada, meses antes de assumir a presidência do IEFP.
Voltou a ser contratada pela sua própria empresa em outubro de 2021, mas durante o período em que recebeu o apoio, continuou a colaborar com a empresa e até a participou em conferências. Também assinou documentos na qualidade de “fundadora e CEO” da empresa. Adelaide Franco justificou o facto de ter aparecido identificada, neste período, como CEO da Mindsetplus, com um atraso na atualização do seu LinkedIn.
A filha de Adelaide Franco será a gerente da empresa.
Apesar do pedido de demissão, ainda não é conhecido o parecer do Instituto da Segurança Social, que determina, ou não, a presidente do IEFP a devolver o valor dos subsídios de desemprego que recebeu.
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