Canadair inoperacionais por falha mecânica e inspeção por horas de voo

O segundo-comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) disse hoje que os três Canadair estiveram inoperacionais na quarta-feira, um por avaria mecânica e os outros dois devido a inspeção devido às horas de voo.

POMBAL, PORTUGAL - JULY 14: A Canadair CL-415 fire-fighting aircraft from Italy takes part in firefighting operations at Gesteira de Baixo on July 14, 2022 in Pombal, Portugal. Wildfires have swept across the central part of the country amid temperatures

© Getty Images

Lusa
11/08/2022 12:56 ‧ 11/08/2022 por Lusa

País

Incêndios

O incêndio que começou no sábado na localidade de Garrocho (Covilhã) e que se estendeu a três municípios do distrito da Guarda (Manteigas, Gouveia e Guarda) mantém-se ativo, apesar de ter tido uma evolução favorável durante a noite.

"Estamos cautelosos. Há ainda muito trabalho a fazer de consolidação. O perímetro é significativo e o vento pode causar algumas adversidades", afirmou Miguel Cruz.

Este responsável falava durante uma conferência de imprensa, realizada na Junta de Freguesia de Valhelhas (concelho da Guarda), sobre o incêndio que começou na Covilhã (distrito de Castelo Branco) e que afetou também Manteigas, Gouveia e Guarda.

"O incêndio mantém-se ativo, apesar de ter tido uma evolução favorável face ao dia anterior [quarta-feira], fruto do trabalho desenvolvido ao longo da noite. Aproveitaram-se as oportunidades que a noite permitiu, como variação da temperatura, humidade e vento", sublinhou.

Na conferência de imprensa, o segundo-comandante operacional da ANEPC realçou "algumas preocupações no triângulo posicionado entre Manteigas, Vale da Amoreira e Folgosinho. É aqui que estamos a insistir com maior intensidade", salientou.

Questionado pela Lusa sobre a inoperacionalidade dos dois Canadair (aviões anfíbios construídos especificamente para combate a incêndios), Miguel Cruz explicou que hoje "está um operacional e a operar".

"Tivemos efetivamente ontem [quarta-feira] uma inoperatividade destas duas aeronaves, sendo que o que está consagrado contratualmente é que a terceira aeronave substitui uma delas. Naturalmente temos que contar que as máquinas também falham e também tem que ter processos de revisão. Foi o que aconteceu com esta terceira aeronave, que teve um processo de revisão de 50 horas de voo. É algo que tem que forçosamente acontecer", sustentou.

O segundo-comandante nacional sublinhou ainda que existe um conjunto de outros meios aéreos que complementam o trabalho dos Canadair e que estão no teatro de operações.

"Não é o facto de ter estas aeronaves [Canadair] temporariamente inoperativas que possa criar aqui uma situação mais complicada ou de mais fácil resolução", frisou.

Já sobre o número de operacionais no terreno (cerca de 1.500), Miguel Cruz disse que não é normal ter um número tão significativo.

"Normalmente não costumamos ter. Penso que já terá havido outros [números de operacionais] idênticos ou até superiores", salientou.

Quanto à área ardida até ao momento, que se estima em cerca de 10 mil hectares até quarta-feira, Miguel Cruz salientou que é um "valor provisório", e que será confirmado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Para já, o segundo-comandante nacional da ANEPC não prevê a desmobilização de meios do teatro de operações.

"Não vai haver desmobilizações de operacionais. O dispositivo instalado será o adequado. Pode haver alguns ajustes", concluiu.

[Notícia atualizada às 13h40]

Leia Também: Um Canadair entre 8 meios aéreos que apoiam combate na Serra da Estrela

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