O comandante dos Bombeiros da Covilhã respondeu às críticas de Flávio Massano, presidente da autarquia de Manteigas, que criticou as opções que estão a ser tomadas em relação ao combate às chamas, com os "fatores meteorológicos".
Luís Marques refere que na madrugada de sábado, houve "dificuldade em fazer o controlo do incêndios". Quando chegou à zona referida pelo autarca, estava com muita "intensidade", apesar de ser zona de "oportunidade" para apagar o fogo.
"[O incêndio] vinha alinhado com o vento e a carga térmica era muito elevada. Os meios aéreos não conseguiram entrar nessa zona", ao contrário do que os bombeiros estavam à espera.
"O incêndio acelerou, os meios foram posicionados segundo o plano estratégico, mas não conseguimos controlar os fatores meteorológicos", disse esta noite Luís Marques em declarações à SIC Notícias.
À Renascença, Flávio Massano lamentou que a faixa primária e o estradão de terra - que divide Manteigas do concelho de Covilhã - não tenha sido devidamente aproveitado para extinguir o fogo.
“Havia faixa primária e havia estradas de terra no limite dos dois concelhos. Este estradão e a faixa primária já no concelho de Manteigas, que poderia e deveria ter sido aproveitada para extinguir o fogo ainda no sábado, durante a madrugada, e depois domingo de manhã”, disse.
O incêndio deflagrou às 3h18 de sábado, na localidade de Garrocho, freguesia de Cantar-Galo e Vila do Carvalho, no concelho da Covilhã (Castelo Branco), e alastrou para Manteigas, no distrito da Guarda.
Estima-se que já tenham ardido mais de mil hectares.
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