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Reestruturações na PSP "nunca se traduziram num aumento do efetivo"

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) considerou hoje que as reestruturações realizadas na PSP "nunca se traduziram num aumento do efetivo" e defendeu que a prioridade é "aumentar a atratividade" da profissão e as condições de trabalho.

Reestruturações na PSP "nunca se traduziram num aumento do efetivo"
Notícias ao Minuto

19:24 - 25/07/22 por Lusa

País PSP

preciso reorganizar o dispositivo, mas antes disso é preciso tornar a profissão atrativa e rejuvenescer o dispositivo. Para isso é preciso falar de salários, condições de trabalho e de suplementos", disse à agência Lusa o presidente da ASPP, Paulo Santos.

O presidente do maior sindicato da PSP considerou que a reestruturação do efetivo e das infraestruturas policiais deve ser feita depois de concretizadas "as medidas para aumentar a atratividade e as condições de trabalho".

Paulo Santos falava à Lusa no dia em que o ministro da Administração Interna esteve reunido com a direção nacional da PSP nos comandos metropolitanos de Lisboa e Porto sobre a gestão do efetivo e das infraestruturas policiais.

No final da reunião em Lisboa, o ministro prometeu mais polícias nas ruas e defendeu que há um conjunto de participações realizadas nas esquadras que podem ser feitas em outras estruturas, como lojas do cidadão ou juntas de freguesia.

José Luís Carneiro disse também que Portugal tem "o maior número de polícias por 100 mil habitantes em comparação com países europeus, nomeadamente com Espanha, França e Alemanha", bem como o maior número de esquadras e, em alguns casos, "muito significativamente acima da média da grande área metropolitana de Madrid, Paris e mesmo até Nova Iorque".

Segundo o ministro, Portugal tem 442 polícias por 100 mil habitantes, Espanha tem 369 polícias, França 322, Alemanha 301 e a Finlândia tem 135.

O presidente da ASPP sustentou que "a questão não é a quantidade de polícias que existem, mas sim aqueles que efetivamente desempenham funções de polícia", que é uma realidade diferente de outros países europeus, em que os polícias desenvolvem verdadeiramente missões policiais.

Paulo Santos indicou que, dos cerca de 20 mil polícias, há uma boa parte que está a fazer serviços que não são de polícia, além daqueles que estão a atingir a idade da reforma, sendo o envelhecimento do efetivo outro dos problemas.

"A resposta do ministro não é a necessária", disse, sublinhando que "já todos os anteriores ministros prometeram" pôr mais polícias nas ruas e não conseguiram.

Numa nota enviada à Lusa, o Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP) deu conta que neste momento há 2.500 polícias com condições para sair para a pré-aposentação, mas não deixam sair estes elementos alegando falta de efetivo.

Segundo o SPP, devido à falta de efetivos não se está a cumprir o despacho do Ministério da Administração Interna, que "obriga, no mínimo, a que pelo menos cada esquadra tenha em serviço de segurança nas instalações dois polícias e mais dois no exterior".

Leia Também: PSP admite que esquadra do Infante no Porto poderá fechar novamente

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