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Excesso de óbitos "não é habitual". Sabíamos de "onda de calor"

Bastonário da Ordem dos Médicos defende que são precisos outros reforços, sobretudo nos cuidados de saúde, quando é sabido que o país vai enfrentar uma onda de calor.

Excesso de óbitos "não é habitual". Sabíamos de "onda de calor"
Notícias ao Minuto

18:24 - 15/07/22 por Notícias ao Minuto

País Calor

O bastonário da Ordem dos Médicos comentou, esta sexta-feira, o excesso de mortalidade em Portugal, entre os dias 7 e 13 de julho, associado à onda de calor, que correspondeu a 238 óbitos a mais. Miguel Guimarães considerou que este é "um número muito elevado", que "não é habitual" e defendeu que devia ter-se apostado mais na comunicação e num reforço de meios dos cuidados de saúde.

"Recordo que o calor está, de facto, num nível de intensidade mais alto nos últimos três dias, antes disso o calor não era tão ativo, e o que nós temos de fazer é perceber o que está a acontecer", notou o bastonário, em declarações à CNN Portugal.

"Nós sabíamos que íamos ter uma onda de calor. Quando sabemos que vamos ter uma onda de calor, não basta reforçar os meios de combate aos incêndios", acrescentou, destacando que esse reforço é importante, mas é também necessário ter em atenção que o calor também tem "a sua repercussão na área da saúde".

Desta forma, Miguel Guimarães lembra que, na semana passada, já tinha defendido que, "para além de reforçar os meios de combate aos incêndios, tínhamos também de reforçar os meios nos cuidados de saúde e, sobretudo, fazer uma coisa que é fundamental ter nestas alturas: uma comunicação muito eficaz com a população".

O bastonário lembra que é sabido quem "são as pessoas mais frágeis" - as pessoas mais velhas, algumas com doenças crónicas, nomeadamente na área respiratória, que "podem descompensar facilmente com as temperaturas mais elevadas".

Assim, a comunicação para as pessoas se "resguardarem", para "beberem mais água", para "evitarem a exposição solar" e, "sobretudo, para tentarem estar em locais mais frescos", é importante, além da "obrigação" de criar condições "nos locais em que as pessoas vão precisar de cuidados de saúde".

O bastonário lembra ainda que "raramente o calor mata diretamente".

"Normalmente tem a ver com o facto de a pessoa estar mais desidratada, tem a ver com o facto de a pessoa ter uma doença crónica que está no limite", sublinhou, reforçando que se devia ter apostado mais numa campanha de comunicação para alertar para o risco desta onda de calor e garantir que os serviços de atendimento têm condições de climatização a funcionar. 

Leia Também: Excesso de mortalidade: Onda de calor causou 238 óbitos a mais em 7 dias

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