Vital Moreira alerta para perigo de Rússia "reverter lógica das sanções"
A seu ver, quanto à "acumulação de perdas", as sanções serão "cada vez mais dolorosas para a parte vencida".
© Carlos Manuel Martins / Global Imagens
País Ucrânia
O constitucionalista Vital Moreira comentou, esta terça-feira, no blogue Causa Nossa, o facto de a Alemanha registar o primeiro défice comercial desde 1991, o que justifica com a guerra na Ucrânia que, nas suas palavras "quanto mais longa, mais penosa".
Vital Moreira explicou que este facto deve-se à "subida do custo das importações de energia" e outros factos que surgem não só em consequência da guerra como das sanções ocidentais à Rússia.
O ex-eurodeputado do PS apontou que esta "má notícia" surge em conjunto com outras, como a inflação "também em níveis máximos de décadas, a necessidade de reativação de centrais elétricas a carvão (recuando na transição energética) e o anúncio de próximo racionamento de gás".
Assim, frisou que "o quadro pode tornar-se ainda mais preocupante, se a própria Rússia, revertendo a lógica das sanções, continuar a reduzir o abastecimento de gás aos países da União [Europeia]".
Deste modo, salientou que "não será improvável que a opinião pública alemã se torne cada vez menos disponível para ser 'vítima colateral' de uma guerra que ameaça prolongar-se indefinidamente", acrescentando que "quanto mais se prolonga, mais triunfos territoriais proporciona ao invasor e mais custos vai envolver na recuperação pós-bélica da Ucrânia", já estimada em cerca de 700 000 milhões de euros.
Por fim, reiterou que caso a "evolução negativa" se mantenha, "vai seguramente acabar por impor-se a alternativa de uma cessação negociada das hostilidades", de forma a "interromper a sucessão e acumulação de perdas, cada vez mais dolorosas para a parte vencida".
Leia Também: ONU diz que ambos os lados da guerra violaram as normas internacionais
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com