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Líder de rede que forçava romenas a prostituírem-se condenado a 9 anos

Tribunal de Aveiro decidiu penas de grupo que vivia de exploração sexual de mulheres na via pública.

Líder de rede que forçava romenas a prostituírem-se condenado a 9 anos
Notícias ao Minuto

16:03 - 28/06/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

País SEF

O líder do grupo que vivia de exploração sexual de mulheres na via pública, num processo que ficou conhecido por 'El Pibe', foi condenado a nove anos de cadeia, em cúmulo jurídico de 35 crimes: 13 por lenocínio, 21 por falsificação de documento e um crime de branqueamento de capitais.

De acordo com o jornal Notícias de Aveiro, dos 12 suspeitos envolvidos neste grupo, nove foram condenados.

Três destas condenações são penas de prisão efetivas, na maioria dos casos por crimes de lenocínio. Já os crimes de associação criminosa e branqueamento de capitais, à exceção de um caso, acabaram por não se comprovar.

Os restantes três arguidos foram absolvidos da totalidade dos crimes que lhes eram imputados. Além do cabecilha, os outros dois arguidos com pena efetiva foram condenados a três anos e seis meses e um ano e seis meses, ambos por lenocínio.

Recorde-se que o julgamento, que começou em abril de 2021, tinha 12 arguidos com idades entre os 29 e 49 anos.

O processo 'El Pibe' surgiu após uma investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) realizada em articulação com a Europol e que culminou em junho de 2019 com a detenção de oito cidadãos estrangeiros e a apreensão de seis veículos, ouro, joias, dinheiro e documentos falsos.

Segundo a acusação do Ministério Público, os arguidos recrutavam na Roménia mulheres provenientes de famílias com dificuldades económicas e com pouca formação escolar e traziam-nas para Portugal com a falsa promessa de um emprego com condições vantajosas e uma vida estável e confortável. 

Uma vez em Portugal, os arguidos exigiam que as mulheres praticassem diariamente atos sexuais a troco de dinheiro com homens que as procuravam para esse efeito na berma das estradas de Aveiro e Albergaria, recorrendo por vezes a violência física e psicológica para as obrigarem ao exercício daquela atividade.

A maior parte dos arguidos são cidadãos romenos sem qualquer ocupação profissional e que passavam os dias no ginásio, na sauna ou em convívio entre si. 

Entre os arguidos está ainda um taxista que transportava as mulheres de e para os locais de prostituição e o gerente de uma tabacaria em Aveiro onde os arguidos procediam ao envio de dinheiro para o estrangeiro.

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