Urgências de obstetrícia de Portimão vão estar fechadas no fim de semana
Todas as grávidas com mais de 22 semanas de gestação serão transferidas para Faro.
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País Urgências
As Urgências de Obstetrícia do hospital de Portimão, no Algarve, vão estar fechadas todo o fim de semana, segundo avança a CNN Portugal.
O canal especifica que o que vai estar encerrado é a maternidade e o bloco de partos, que fecharam às 16h00 de ontem, algo que deve permanecer todo o fim de semana.
A reabertura só está prevista para as 08h00 da manhã, da próxima segunda-feira.
Como consequência desta situação, todas as grávidas com mais de 22 semanas de gestação serão transferidas para Faro e aquelas que estão numa fase menos avançada podem ficar em Portimão na urgência de Obstetrícia e Genecologia que fica apenas aberta para casos menos graves.
Assim todos os partos a acontecer no Algarve vão realizar-se em Faro, sendo que este é o segundo fecho da maternidade de Portimão em pouco mais de uma semana.
Para assegurar a resposta às grávidas a partir das 22 semanas de gestação, ou que necessitem de cuidados especiais, foi montado um dispositivo em conjunto com a Proteção Civil, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU). Neste sentido, estarão disponíveis enfermeiras especialistas para acompanhar as grávidas da zona de Portimão para o hospital de Faro, no caso de ser necessário transferi-las de ambulância.
Em simultâneo com esta falha nas urgências de Obstetrícia, também a Pediatria apresenta baixas sendo que não vai existir um médico pediatra no hospital de Faro das 09h00 da manhã até às 21h00 da noite. Isto porque o único profissional de saúde existente neste horário estará em Portimão. As crianças menos graves serão assistidas por um médico de adultos.
Em declarações à Lusa, Ana Varges Gomes, presidente do Centro Hospitalar do Algarve, afirmou que "nós temos apenas cinco pediatras com capacidade para fazer urgência 24 horas e eu tenho que garantir quatro escalas de urgência de Pediatria. Com cinco pediatras que façam urgência 24 horas, isso é impossível".
"Com os tarefeiros eu não tenho nenhuma forma legal de os obrigar a fazer aquilo com que eles se comprometem. Se eles faltarem, eu não tenho resposta", notou, sublinhando que este é um problema cuja resolução "não está nas mãos" do hospital.
Relembra-se que, nas últimas semanas têm-se sucedido os encerramentos das urgências de Ginecologia e Obstetrícia um pouco por todo o país, por dificuldades em assegurar escalas.
A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou em 13 de junho a criação de um "plano de contingência" até setembro para fazer face ao problema que se vive no setor.
[Notícia atualizada às 11h30]
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