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SNS. Governo e sindicatos médicos voltam a não chegar a acordo

Proposta de "50 euros à hora para horas suplementares para além das horas que constituem um limite legal" recusada pelos sindicatos.

SNS. Governo e sindicatos médicos voltam a não chegar a acordo
Notícias ao Minuto

22:23 - 22/06/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Marta Temido

O Governo e os sindicatos representativos da classe médica voltaram, esta quarta-feira, a não chegar a acordo após se terem reunido com a ministra da Saúde, Marta Temido, a fim de apresentar propostas. 

Marta Temido indicou que o Governo vai avançar com um valor de "50 euros à hora para horas suplementares para além das horas que constituem um limite legal de 150 horas que são realizadas por estes profissionais de saúde", no entanto, "não foi entendimento dos sindicatos que esta proposta fosse uma solução suficiente".

Temido frisou que o governo não podia deixar de "dar passos" no sentido de resolver o encerramento de urgências de ginecologia e obstetrícia de hospitais de vários pontos do país nos últimos dias, por dificuldades em assegurar escalas de médicos.

"Esta questão com que estamos a ser confrontados não é nova, mas não teve nenhuma resposta cabal até agora, de haver dois regimes de trabalho em serviços de urgência muitas vezes assegurado pelo mesmo prestador (...) mas que gera sentimento de injustiça, insegurança e intranquilidade. O governo, apesar disso, vai fazer o normativo necessário em enquadrar esta solução que pôs em cima da mesa transitoriamente", destacou.

A tutela pretende que este regime transitório não ultrapasse a necessidade de um ano de vigência, vincou a ministra, adiantando que "durante essa vigência poderá naturalmente este regime ser substituído por um regime mais favorável, que venha a ser negociado e que resulta das negociações sindicais".

Marta Temido sublinhou que os sindicatos suscitaram ao governo a necessidade de serem adotadas "medidas estruturais".

"Foram apresentadas três respostas para os problemas" do Serviço Nacional de Saúde, todas com "enquadramento remuneratório".

Estas propostas centraram-se na necessidade de fixar mais médicos, melhorar o acesso às prestações de saúde e a "necessidade de resolver este constrangimento no funcionamento dos serviços de urgência".

A ministra afiançou ainda que o Governo continuará em busca de consenso e essa "negociação tem calendário de 180 dias", estando prevista a primeira reunião para 13 de julho.

Recorde-se que o caos que se vive atualmente no SNS tem vindo a colocar Marta Temido na linha de fogo, tendo, esta quarta-feira, sido defendida pelo primeiro-ministro, António Costa, na Assembleia da República

[Notícia atualizada às 22h41]

Leia Também: Estatuto do SNS vai ser aprovado em julho. PCP critica estado do setor

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