A Guarda Nacional Republicana (GNR) resgatou passada terça-feira 13 migrantes a sudoeste da Sardenha, uma ilha francesa no Mediterrâneo, depois da embarcação em causa ter sido identificada por meios marítimos europeus na entrada em águas italianas.
Em comunicado, a GNR, que realizou a operação com a Lancha de Patrulhamento Costeiro Bojador, conta que "os militares receberam informação que uma embarcação com migrantes teria entrado em águas territoriais italianas".
Por volta das 17h40, as autoridades identificaram então "uma pequena embarcação de madeira com treze migrantes a bordo, todos homens de nacionalidade tunisina".
À semelhança do que aconteceu na semana passada, com outros dez migrantes, também estes refugiados foram transportados para o porto italiano de Sant'Antioco, e o resgate foi coordenado com a Frontex, a autoridade fronteiriça europeia.
A GNR trabalha no Mediterrâneo no âmbito da operação 'THEMIS', contribuindo com uma lancha de patrulhamento. A autoridade portuguesa estará até ao dia 13 de julho a ajudar no "controlo dos fluxos de migração e impedir a criminalidade transfronteiriça".
No entanto, a operação 'THEMIS', que foi criada em 2018 pela Frontex depois da recusa dos governos italiano, espanhol e francês em acolher mais refugiados vindos do Norte de África, tem sido muito criticada por organizações não-governamentais (ONG), que acusam os governos de não serem solidários.
No quadro desta operação, os migrantes intercetados pela Frontex devem ser levados para o porto mais próximo, e não para o porto europeu mais próximo. Esta mudança de prática tem levado a uma maior proximidade entre as autoridades europeias e governos no Norte de África, nomeadamente com o da Líbia, e várias ONG apontam o dedo à União Europeia por ajudar a financiar centros de detenção onde autoridades líbias praticam tortura contra refugiados que tentam chegar à Europa.
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