Portugal tem sido "exemplar" no acolhimento de refugiados, diz Scholz

O chanceler alemão, Olaf Scholz, considerou, este domingo, que Portugal tem "desempenhado um papel exemplar" no acolhimento de refugiados ucranianos, saudando o primeiro-ministro português, António Costa, por um "grande feito" e pelo "sinal de visão e de liderança europeia".

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Lusa
29/05/2022 21:05 ‧ 29/05/2022 por Lusa

País

Olaf Scholz

Na cerimónia de abertura da feira de Hannover -- que escolheu Portugal como país parceiro na edição deste ano --, o chanceler alemão sublinhou que os países europeus estão a acolher "milhões de mulheres, homens e crianças que foram forçados a fugir para a União Europeia devido à violência na Ucrânia".

"Portugal, em particular com a sua grande comunidade ucraniana, tem desempenhado um papel exemplar nesta matéria. Este é um grande feito, caro António, e também um sinal de visão e de liderança europeia e da sua visão e liderança. Muito obrigado por isso", disse Scholz, dirigindo-se diretamente a António Costa, que o ouvia na plateia, sendo saudado por aplausos.

Scholz considerou que, na situação atual, a Alemanha está a assistir à "maior transformação" da sua economia "desde o início da industrialização e isso está a acontecer numa altura em que a situação internacional é a mais desafiante das últimas décadas".

"A invasão da Ucrânia pela Rússia marca o início de uma nova era, não apenas por esta guerra cruel estar a acontecer na nossa vizinhança, mas também porque o Presidente [da Rússia, Vladimir] Putin quer voltar para uma era onde as regras eram ditadas pelo mais forte, em que países grandes reivindicavam para si esferas de influência e os países pequenos tinham que se submeter", afirmou.

Scholz destacou que "o imperialismo de Putin rompe com todos os princípios que garantiram décadas de paz na Europa", razão pela qual, tanto a União Europeia, como a NATO e os países do G7 reagiram "com muita unidade e resolução à invasão russa", designadamente através do envio de armamento.

Abordando as sanções económicas impostas à Rússia, o chanceler alemão afirmou que se trata de sanções "bem preparadas e coordenadas que estão a atingir de forma dura a liderança e a economia russa, cada vez mais, a cada dia que passa", estando os países europeus a assegurarem-se que elas não os atingem "mais do que à Rússia de Putin".

"Estamos a tentar responder aos impactos mais negativos [da conjuntura internacional] com créditos e subvenções. Mesmo assim, haverá custos, mas garanto que esses custos são muito inferiores ao preço que todos pagaríamos se permitíssemos que Putin levasse adiante os seus desígnios", frisou.

Com o 'slogan' "Portugal faz sentido", a Hannover Messe'22 -- considerada a maior feira de indústria do mundo -- começou, este domingo, e termina na quinta-feira, tendo escolhido Portugal como país parceiro para a edição deste ano.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo

Leia Também: "Em Portugal, como na Alemanha, indústria e inovação andam de mãos dadas"

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