Portugal vai ajudar Polónia com 50 milhões de euros
António Costa anunciou ajuda humanitária à Polónia. Primeiro-ministro sublinhou, ainda, que a transição energética é prioritária e por isso estão a ser estudadas maneiras de Portugal e Espanha conseguirem "contribuir de forma duradora para a autonomia energética da Europa".
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País Guerra na Ucrânia
O primeiro-ministro, António Costa, defendeu, esta sexta-feira, que a transição energética tem de ser prioritária para reduzir dependência de gás russo e anunciou, ainda, que Portugal vai ajudar a Polónia com 50 milhões de euros para ajuda humanitária.
Em declarações proferidas após reunião com o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, Costa frisa que, no campo energético, Portugal é há muito defensor da transição energética e que "temos condições para contribuir de forma duradora para a autonomia energética da Europa".
"É prioritário o investimento na criação das interconexões entre Portugal e Espanha e Espanha e a Europa (...) para, no futuro, garantir a capacidade de produção de hidrogénio verde a baixo custo beneficiando do preço extraordinariamente baixo na produção de energia solar", começou por detalhar adiantando que "precisamos de respostas imediatas para atingir o objetivo da transição energética a 4 anos".
O porto de Sines será, por isso, um ponto estratégico para o país poder fornecer gás à Europa. "Estamos a estudar a hipótese de utilizar o porto de Sines como uma plataforma de 'transhipping' [transferência de cargas entre navios] para fazer a trasfega de grandes navios metaneiros para navios metaneiros de média e pequena dimensão que terão melhores condições de operar nas zonas muito congestionadas no mar do Norte e mar Báltico", adiantou.
Costa diz ainda que o país está disponível para receber mais refugiados ucranianos e garante que, além do apoio financeiro e humanitário, Portugal poderá também fornecer ajuda material "seja em casas pré-fabricadas, seja com casas modulares, seja com ajuda alimentar".
"Esse apoio material irá até ao montante máximo de 50 milhões de euros. Esses são os fundos que temos disponíveis para mobilizar para esse esforço humanitário através da Polónia", acrescentou.
Preparando já o esforço europeu na reconstrução da Ucrânia, debatemos ainda as questões da agenda europeia que estarão em cima da mesa nos próximos dias e semanas. Temos de juntar os nossos esforços, mantendo a unidade europeia. pic.twitter.com/z1I6M5flRk
— António Costa (@antoniocostapm) May 20, 2022
O primeiro-ministro sublinhou que a melhor forma de a União Europeia ajudar a Ucrânia é manter a união contra a Rússia.
"Manter uma resposta unida é a melhor forma de ajudar", frisou indicando que Putin não esperava esta resposta em bloco.
O chefe do Governo português apontou também que reconhece a Ucrânia como família e que "vivemos, infelizmente, uma situação dramática fruto da invasão ilegal e da guerra bárbara que a Rússia vem desenvolvendo".
"Quero expressar total solidariedade e admiração pela forma como a Polónia tem apoiado a Ucrânia e acolhido e assegurado proteção aos refugiados ucranianos", manifestou acrescentando que, nas conversações com o seu homólogo polaco, "o tema ajuda humanitária e segurança energética foram dois temas fundamentais".
Refira-se que Costa encontra-se hoje em Varsóvia, Polónia, onde deverá visitar um Centro de Acolhimento de Refugiados ucranianos.
Não é conhecida a data da visita à Ucrânia, que já tinha sido anunciada, sendo expectável que só seja noticiada após o seu término. No entanto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na quarta-feira que o primeiro-ministro deverá visitar a Ucrânia até ao final desta semana.
[Notícia atualizada às 10h07]
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