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Hospital de Almada assegura que cuidados de saúde não estão em risco

O Hospital Garcia de Orta, em Almada, assegurou hoje que os cuidados de saúde aos utentes e a segurança dos profissionais não estão em risco apesar do ataque informático de que foi alvo há duas semanas.

Hospital de Almada assegura que cuidados de saúde não estão em risco
Notícias ao Minuto

19:06 - 16/05/22 por Lusa

País Almada

Esta garantia surgiu depois de o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) ter alertado, em comunicado, que o ataque informático ao hospital de Almada, no distrito de Setúbal, está a colocar em risco os cuidados de saúde dos utentes e a segurança dos clínicos.

O sindicato adiantou que uma série de atos são realizados manualmente, potenciando o erro médico e limitando o acesso a informação imprescindível para o atendimento.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o Hospital Garcia de Orta (HGO) refere que "todas as áreas assistenciais (urgência, internamento, consulta, bloco, hospital de dia) já têm postos de trabalho para acesso ao Processo Clínico Eletrónico e prescrição eletrónica, permitindo desta forma, proceder e consultar os registos clínicos, embora com algumas limitações no acesso a aplicações departamentais (específicas de alguns serviços)".

O hospital assegura ainda que os sistemas de informação do HGO têm vindo a ser repostos gradualmente e que os registos clínicos já se encontram a ser assegurados informaticamente, uma situação que garante "tem sucedido de uma forma progressiva, em todo o hospital", à medida que são recuperados os mais de 2.000 postos de trabalho existentes.

Nesta fase, segundo a nota, "ainda não é possível garantir o acesso generalizado à internet no hospital".

Na opinião do sindicato, a impossibilidade de acesso à internet impede a realização de diários clínicos, a parametrização de dados clínicos anteriores, a prescrição eletrónica de medicamentos, a obtenção de baixas médicas ou o pedido de exames de diagnóstico.

Relativamente aos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, o HGO garante também que tem assegurado a resposta necessária para o adequado seguimento clínico dos doentes, para colmatar os constrangimentos de acesso, estando atualmente a trabalhar ininterruptamente com cada fornecedor.

O sindicato tinha avançado que a resolução parcial da situação estava prevista para o verão e a resolução total no outono, ou seja daqui a, pelo menos, quatro meses.

Contudo, o hospital assegura que, "atendendo à complexidade e vastidão do trabalho técnico que está a ser desenvolvido pelas equipas de informática, não é ainda possível estabelecer uma data para a reposição total da normalidade".

"O ciberataque que atingiu o HGO teve um impacto muito expressivo no hospital, pelo que a recuperação e reativação dos sistemas não é imediata, à semelhança do que se verificou suceder em inúmeras empresas, da área da saúde e outros setores", refere o HGO.

O Hospital Garcia de Orta adianta ainda que continua a colaborar com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, em articulação com o Ministério da Saúde, entidades reguladoras (Centro Nacional de Cibersegurança - CNCS) e Judiciais (Polícia Judiciária - PJ), de modo a ultrapassar esta situação e repor a normalidade, o mais depressa possível.

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