Câmara do Funchal cobre prejuízo de 580.000 euros da empresa Frente Mar
A Câmara do Funchal vai cobrir o défice de 580.000 euros registado no ano passado na empresa municipal Frente Mar, anunciou hoje o executivo PSD/CDS-PP, que aprovou a proposta com os votos contra da oposição.
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País Funchal
"O executivo deliberou, por maioria, fazer a cobertura, como resulta da própria lei, do défice de 2021 [da Frente Mar], que foi de cerca de 580.000 euros", indicou a vice-presidente da Câmara do Funchal, Cristina Pedra, após a reunião semanal da autarquia.
A proposta teve os votos favoráveis da maioria PSD/CDS-PP, que governa o município desde as autárquicas do ano passado, e os votos contra da coligação liderada pelo PS, que governou a autarquia entre 2013 e 2021 e já se havia manifestado a favor do fecho da empresa municipal que faz a gestão das praias, complexos balneares, espaços públicos e estacionamentos públicos da cidade.
Cristina Pedra disse que a autarquia vai cobrir o défice ainda este mês, realçando que já no final do ano passado o município fez um pagamento de um milhão de euros para cobrir os prejuízos da empresa.
A "estratégia" do atual executivo "é a manutenção, com segurança, dos postos de trabalho da sociedade Frente Mar e não prosseguindo ideias, como outrora existiram, de fechar" a empresa, reforçou a autarca.
"A Frente Mar connosco continua. Terá de ser e está a ser melhor gerida e estão a ser investimentos e, por isso, os trabalhadores podem desempenhar a sua atividade com profissionalismo como se espera", apontou ainda.
Em sentido contrário, o líder da coligação Confiança (liderada pelo PS), Miguel Silva Gouveia, afirmou, numa nota enviada à comunicação social, que "viu confirmado o mérito da sua pretensão em encerrar a empresa municipal Frente Mar Funchal, ao ver aprovar mais 580 mil euros para cobertura de prejuízos, o que totaliza 1,5 milhões de euros transferidos para esta empresa desde que o executivo PSD/CDS assumiu a gestão da câmara".
"Os vereadores da Confiança votaram contra esta proposta não só pela realidade ter comprovado que o melhor para a cidade seria a dissolução da empresa e integração dos seus trabalhadores na câmara municipal, mas também pela falta de transparência da atual gestão ao não cumprir a lei que obriga à publicação das contas no sítio da internet", justificou o ex-presidente da Câmara do Funchal, que perdeu as últimas autárquicas.
Miguel Silva Gouveia referiu ainda que a autarquia "tem passado multas de estacionamento, desde abril, quando o diploma que transfere essas competências para o município ainda está em discussão na Assembleia Legislativa da Madeira", acusando o PSD de conviver "mal com a legalidade".
Na reunião de hoje, também foi aprovado o lançamento de um concurso público para a aquisição de três viaturas pesadas destinadas à limpeza de túneis e ruas, no valor de 600.000 euros.
A Câmara Municipal do Funchal, a principal da Madeira, é constituída por seis eleitos da coligação PSD/CDS-PP e cinco da coligação PS/BE/PDR/MPT/PAN.
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