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"É evidente que esta guerra tem estado a ser perdida pela Rússia"

António Costa diz que Putin conseguiu com a guerra algo que não desejava, a "união" da NATO e da União Europeia.

 "É evidente que esta guerra tem estado a ser perdida pela Rússia"

O primeiro-ministro, António Costa, considerou, esta segunda-feira, que é "evidente" que a guerra tem estado a ser perdida pela Rússia, numa reação ao discurso do presidente russo, Vladimir Putin.

Em declarações aos jornalistas no encerramento da ‘Conferência sobre o Futuro da Europa’, em Estrasburgo, e questionado acerca do discurso do presidente da Rússia, na celebração do Dia da Vitória, que, ao contrário do esperado, não declarou qualquer tipo de vitória, Costa concordou que tal se deve ao facto de Putin estar a perder a guerra e explicou porquê.

"Eu acho que é evidente que esta guerra tem estado a ser perdida pela Rússia desde o início", começou por dizer.

"Primeiro no seu prestígio internacional, no respeito que mereceria pelo respeito pelo direito internacional, e manifestamente pela rejeição clara que o povo ucraniano tem revelado", acrescentou.

O primeiro-ministro destacou ainda que o presidente russo acabou por unir a NATO e a União Europeia como há muito não acontecia, algo que, "seguramente", não desejava. "E pelo facto de ter conseguido o que seguramente não desejava, uma união que há muito tempo não existia no seio da NATO, e uma união que há muito tempo não existia na União Europeia", declarou.

Costa abordou depois o contraste das celebrações, neste 9 de maio, entre Moscovo e a Europa. 

"Acho que é particularmente contrastante é precisamente a celebração do Dia da Europa, o dia da paz , com uma parada militar, enquanto na União Europeia se celebra o fim da guerra e com uma manifestação de paz, de cidadania, que é esta reflexão do futuro sobre a União Europeia e como podemos continuar a ser uma força que garanta a paz, a prosperidade", completou.

Recorde-se que, no seu discurso na Praça Vermelha, para assinalar os 77 anos da vitória sobre a capitulação da Alemanha nazi, em 1945, Vladimir Putin disse que a Rússia levou a cabo um ataque "preventivo" na Ucrânia, perante uma ameaça da NATO e do Ocidente. 

Recorde-se que, segundo a ONU, desde o início da invasão russa à Ucrânia, a 24 de fevereiro, já morreram mais de 3.000 civis. A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

[Notícia atualizada às 14h29]

Leia Também: Putin justifica invasão à Ucrânia como "ataque preventivo" face a ameaças

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