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Quatro casos suspeitos de hepatite aguda infantil em Portugal, diz DGS

A DGS revela que as crianças, com idades entre os sete meses e os oito anos, apresentaram sintomas em abril, tendo estado internadas. Ainda assim, "nenhuma apresentou complicações graves, tendo recuperado do quadro clínico".

Quatro casos suspeitos de hepatite aguda infantil em Portugal, diz DGS
Notícias ao Minuto

13:46 - 04/05/22 por Daniela Filipe

País Saúde

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta tarde de quarta-feira ter sido notificada quanto à existência de "quatro casos suspeitos de hepatite aguda de etiologia desconhecida" em solo português.

Em comunicado, o organismo adianta que as crianças, "que têm entre sete meses e oito anos, apresentaram um quadro clínico de hepatite aguda", sendo que está "em curso a avaliação laboratorial complementar e a avaliação epidemiológica".

A DGS revela que as crianças apresentaram sintomas em abril, tendo estado internadas, mas "nenhuma apresentou complicações graves, tendo recuperado do quadro clínico". Ainda assim, a entidade assegura que se encontram "em investigação fatores epidemiológicos como viagens ou ligações entre os casos, em colaboração com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC)".

Os casos suspeitos foram identificados nas regiões de saúde do Norte, Centro, e Lisboa e Vale do Tejo, tendo testado negativo para hepatite A, B e C e SARS-CoV-2. Aguarda-se ainda os resultados laboratoriais para a hepatite E em duas situações. Contudo, um dos casos suspeitos "já testou positivo para adenovírus, tendo a amostra sido enviada para sequenciação ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge", complementa a nota.

A DGS recorda que, no contexto do surto internacional de hepatite aguda infantil, foi constituída uma 'taskforce' em Portugal, que inclui especialistas da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP).

"Perante uma doença de causa ainda desconhecida, e que se encontra em investigação, a DGS recomenda o reforço de medidas gerais de proteção individual, como a higiene das mãos, a etiqueta respiratória, o arejamento e ventilação dos espaços interiores ou a limpeza e desinfeção frequente de equipamentos e superfícies", ressalva o organismo, salientando que, caso uma criança apresente sintomas respiratórios e gastrointestinais "deverá evitar, como habitualmente, creches ou estabelecimentos de educação ou ensino".

O documento refere ainda que a DGS tem participado em diversas reuniões de trabalho com os seus homólogos, através do Programa Nacional para as Hepatites Virais, em parceria com a SPP, continuando, assim, a acompanhar a situação a nível nacional e internacional.

Segundo o balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), foram identificados pelo menos 228 casos prováveis de hepatite aguda infantil em 20 países, havendo ainda 50 casos sob investigação.

A doença resultou na morte confirmada de uma criança, ao passo que outras quatro mortes estão a ser investigadas. 

Recorde-se que este surto de origem desconhecida foi anunciado pela OMS a 15 de abril, afetando crianças com idades entre um e 16 meses. A hepatite aguda infantil manifesta-se através da inflamação do fígado e de sintomas gastrointestinais, entre eles dores abdominais, diarreia, vómitos, e elevação das enzimas do fígado. 

[Notícia atualizada às 14h03]

Leia Também: Pelo menos 228 casos de hepatite aguda infantil em 20 países

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