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1 de Maio? "Não vir para a rua gritar pelos direitos é muito preocupante"

Ana Gomes comparou Portugal com outros países europeus, em que a população que sente "condições de inflação galopante e ameaça acelerada de perda do poder de compra dos trabalhadores" sai à rua em manifestação, o que nem sempre se verifica no nosso país.

1 de Maio? "Não vir para a rua gritar pelos direitos é muito preocupante"

No dia em que se assinalou o Dia do Trabalhador e as centrais sindicais pediram um aumento salarial extraordinário para acompanhar a subida generalizada dos preços e do custo de vida, Ana Gomes, em comentário na edição da noite da SIC Notícias, frisou "o fosso salarial que continua a existir entre homens e mulheres" apelando a que "as autoridades façam o seu trabalho e não permitam que isto continue a passar-se no nosso país em particular".

Numa data em que se espera uma manifestação pública em prol dos direitos dos trabalhadores, a ex-candidata presidencial salientou que "uma das centrais sindicais nem foi para a rua e a outra foi para a rua e aparentemente com pouquíssima gente", acrescentando que "o facto das centrais sindicais estarem demasiado encostadas aos partidos políticos, ao PC e ao PS (...) não dá saúde nenhuma ao movimento sindical".

Ana Gomes deu o exemplo de outros países europeus, em que milhares de pessoas saem à rua "com estas condições de inflação galopante e ameaça acelerada de perda do poder de compra dos trabalhadores". Contudo, o mesmo nem sempre acontece em Portugal. "Não vir para a rua gritar pelos direitos elementares parece-me que é muito preocupante por parte da sociedade portuguesa", comentou.

Na sua opinião, "o Orçamento de Estado que foi aprovado teve por base elementos de há oito ou nove meses atrás", ou seja, indicadores de inflação diferentes dos atuais. Embora tenha reiterado a importância de o primeiro-ministro afirmar que "os níveis de pobreza são intoleráveis" - o que, nas suas palavras, faz pela primeira vez desde que tem maioria absoluta -, reforça que "agora não há desculpa nenhuma, não se pode culpar mais ninguém".

Admitiu, assim, não só que "é preciso rever os apoios sociais" como "tomar as medidas políticas necessárias para impedir este gravíssimo corte do poder de compra", o que deixa à responsabilidade do PS "que está no Governo e tem maioria absoluta", explicando que "o que está em causa não é a austeridade, mas uma acentuada redução do poder de compra dos trabalhadores".

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