Covid-19 com "transmissibilidade muito elevada" em Portugal
O número de novos casos de infeção foi de 583 por cem mil habitantes nos últimos sete dias.
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País Covid-19
A Covid-19 mantém uma transmissibilidade muito elevada em Portugal, ainda que o impacto na mortalidade geral seja reduzido, alerta a análise de risco da pandemia hoje divulgada.
"O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2, por 100000 habitantes, acumulado nos últimos 7 dias, foi de 583 casos, com tendência estável a nível nacional", refere o relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Ainda assim, a região Norte apresentou uma tendência crescente. Só o Centro apresentou uma tendência estável. As restantes regiões de saúde "apresentaram uma tendência decrescente".
Por grupos etários, são as faixas entre os 20 e os 29 anos, os 50 e os 59 anos e entre os 70 e os 79 anos as únicas a apresentar tendência crescente de incidência.
O relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da Covid-19 indica também que a mortalidade por Covid-19 é de 27,9 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, o que está "dentro dos valores esperados para a época do ano" e indica um "reduzido impacto da pandemia na mortalidade".
Quanto ao número de internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), apresenta uma tendência decrescente, correspondendo a 18% do nível crítico definido de 255 camas.
Em enfermaria, no período em análise, "observou-se uma tendência crescente da ocupação hospitalar por casos de Covid-19 para 1.207 casos internados", ou seja, mais 3% do que na semana anterior.
O grupo etário com maior número de casos internados em enfermarias foi o grupo etário com 80 ou mais anos. Já em UCI, é o dos 60 aos 79 anos.
"O R(t) apresenta um valor igual a 1 a nível nacional e superior nas regiões Norte, Centro e Alentejo (1,08, 1,02 e 1,00 respetivamente), o que pode indicar uma inversão da tendência para crescente nestas regiões", lê-se ainda.
Em comparação com os valores apresentados no último relatório, este indicador desceu em duas regiões: Algarve e Açores.
Linhagem BA.5 da Ómicron com aumento de circulação
O documento indica também que a linhagem BA.5 da variante Ómicron, que tem mutações com impacto na entrada do coronavírus nas células, está a registar um aumento de circulação em Portugal.
"Realça-se a introdução e aumento de circulação da linhagem BA.5 da variante Ómicron, a qual apresenta algumas mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária", adianta o documento.
Segundo o INSA, que estima que a linhagem BA.2 seja responsável por 94,4% das infeções registadas no país, a introdução e a circulação destas e de outras linhagens consideradas de interesse estão sob investigação.
A linhagem BA.5 circula com maior intensidade na região Centro, onde representou já 10,4% das sequências analisadas entre 4 e 10 de abril.
A percentagem de testes positivos para SARS-CoV-2 entre 12 e 18 de abril foi de 25%, valor que se encontra acima do limiar dos 4% e com tendência crescente, salienta ainda o relatório.
"Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da covid-19 e recomenda-se a manutenção das medidas de proteção individual nos grupos de maior risco e a vacinação de reforço", aconselham as duas entidades.
[Notícia atualizada às 21h38]
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