Marcelo partilha 'iftar' com comunidade ismaelita e apela à tolerância
O Presidente da República partilhou na quinta-feira à noite o 'iftar', a quebra do jejum diário no mês do Ramadão, com a comunidade ismaelita e apelou ao respeito pela liberdade e tolerância no atual contexto internacional.
© Getty Images
No Centro Ismaili, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa juntou-se a um jantar com cerca de cem pessoas, entre as quais os príncipes Hussain e Zahra, dois dos filhos do líder espiritual dos ismaelitas, Aga Khan.
Nesta cerimónia estiveram também o representante diplomático do príncipe Aga Khan em Portugal, Nazim Ahmad, e o presidente do Conselho Nacional da Comunidade Ismaili, Rahim Firozali, que agradeceram a presença do chefe de Estado.
Num discurso em inglês, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se ao Ramadão como "um momento privilegiado de reconciliação e paz, renovação da fé e prática da caridade, fraternidade e valorização da família" e enalteceu a "visão holística" dos muçulmanos xiitas ismaelitas e a sua "consciência social e pluralismo".
"Esta visão é hoje mais essencial do que nunca. O atual contexto internacional exige de todos e cada um de nós um sentido renovado de respeito pela liberdade, tolerância, compreensão mútua e partilha", afirmou.
O Presidente da República acrescentou que "Portugal e o povo português partilham com a comunidade ismaelita o objetivo fundamental de fazer tudo o que for possível para melhorar a dignidade da vida humana".
Nesta intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa falou expressamente da situação na Ucrânia, horas depois de ter assistido no parlamento à sessão solene em que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky discursou por videoconferência.
"O povo português mostrou mais um vez no último mês que, apesar de todas as adversidades, há que ter esperança, e todo o país se empenhou fortemente em acolher as mulheres e crianças que foram forçadas a fugir à guerra na Ucrânia. Isto significa acreditar num futuro melhor e dar esperança àqueles que se confrontam com a perda e o desespero e precisam de refazer as suas vidas", disse.
O chefe de Estado considerou que o 'iftar' constitui "uma fonte de aprendizagem espiritual e torna-se um momento de inspiração, é o momento em que o alimento físico se converte em alimento espiritual".
"Obrigada muito calorosamente por me convidarem nesta noite, uma vez mais. Sinto-me em casa. Todos devemos desejar e contribuir para dias melhores", concluiu.
A comunidade ismaelita assinou em 2015 um acordo com o Estado português para estabelecer a sua sede em Portugal.
Em março passado, Marcelo Rebelo de Sousa inaugurou com o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, a Academia Aga Khan de Maputo.
Em dezembro de 2018, o Presidente da República participou nas comemorações dos 20 anos do Centro Ismaili, em Lisboa, e elogiou a integração desta comunidade em Portugal, os seus valores e ação social.
O Ramadão é um período de jejum, que deve ser cumprido entre a alvorada e o pôr-do-sol, e de maior dedicação à espiritualidade, celebrado anualmente no nono mês do calendário islâmico.
Há quatro anos, Marcelo Rebelo de Sousa partilhou o 'iftar' na Mesquita Central de Lisboa.
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