Após ter sido conhecido que a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa abriu um canal para receber denúncias de assédio e discriminação e que, em 11 dias, recebeu 50 queixas, relativas a 10% dos professores - informações avançadas pelo Diário de Notícias (DN) - os estudantes vão sair à rua na próxima quinta-feira, dia 7 de abril.
A concentração, "contra o machismo e o assédio sexual nas instituições de ensino", está marcada para as 18 horas em frente à Reitoria da Universidade de Lisboa.
Num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, o Movimento Contra o Assédio no Meio Académico de Lisboa destaca que "o problema de assédio sexual e da discriminação nas faculdades, embora retenha agora a atenção mediática, não é novo e está enraizado desde sempre nos espaços de ensino".
Face a esta situação, acrescenta, "é de extrema urgência encarar o problema e não perpetuar um ambiente de medo, hostil e perverso nos espaços que nos pertencem e que se destinam à nossa formação enquanto indivíduos e futuro do país".
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De recordar que, no total, revelou o DN, foram recebidas 70 denúncias, 50 das quais foram validadas como relevantes. Dizem respeito a 31 docentes, ou seja, cerca de 10% do total de professores e assistentes da escola. Sete deles concentram mais de metade (30) das queixas e há um deles com nove e dois com cinco.
Guilherme Waldemar d'Oliveira Martins, filho do político com que partilha o nome e ex-secretário de Estado das Infraestruturas, é um dos professores alvo de queixa de assédio por parte de alunas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, avançou a CNN Portugal.
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