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Morte de PSP. Gouveia e Melo volta atrás e reintegra capelão

O anúncio terá sido feito esta manhã durante uma missa campal em Pinheiro da Cruz.

Morte de PSP. Gouveia e Melo volta atrás e reintegra capelão
Notícias ao Minuto

11:33 - 31/03/22 por Notícias ao Minuto

País Almirante Gouveia e Melo

O Chefe do Estado-Maior da Armada, Gouveia e Melo, decidiu perdoar o capelão Licínio Luís e reintegrá-lo na Marinha, avança o Diário de Notícias.

O anúncio terá sido feito esta manhã durante uma missa campal em Pinheiro da Cruz, no âmbito de um exercício da aprontamento da unidade que vai integrar uma missão da NATO, com o Bispo das Forças Armadas, D. Rui Valério, e o Capelão-chefe da Marinha, Ilídio Costa.

Foi "anunciada a reintegração do capelão Licínio Luís, que será colocado na Base Naval de Lisboa, onde prosseguirá o desempenho de funções", lê-se numa nota da Marinha.

Ontem, fonte da Marinha já tinha adiantado à Lusa que Gouveia e Melo ponderava readmitir o capelão Licínio Luís, que foi exonerado na sequência de críticas públicas às declarações do almirante aos fuzileiros na sequência da morte do agente da PSP à porta de uma discoteca, em Lisboa.

A mesma fonte dizia que o capelão Licínio Luís está "profundamente arrependido" e "já pediu desculpas pessoais em audiência e retratou-se publicamente".

O capelão teve uma audiência com o almirante Gouveia e Melo ontem.

O agente Fábio Guerra morreu no passado dia 21 de março devido às "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior de uma discoteca, sendo que dois dos alegados agressores são fuzileiros da Marinha, que estão em prisão preventiva.

O capelão Licínio Luís tinha sido exonerado na sequência de críticas públicas dirigidas a Gouveia e Melo, depois de o CEMA ter proferido uma intervenção dura para com o corpo de fuzileiros, ao declarar que não quer "arruaceiros" na Marinha, nem militares "sem valores".

Na quarta-feira, fonte da Marinha disse à Lusa que o capelão Licínio Luís "foi exonerado face à posição que tomou e os termos em que a manifestou" mas está "profundamente arrependido" e "já pediu desculpas pessoais em audiência e retratou-se publicamente".

Por estas razões, o Chefe do Estado-Maior da Armada estaria "a pensar ainda o que fazer", a "refletir muito sobre o assunto", com o objetivo de "ser ético e justo".

As críticas do capelão foram tornadas públicas na terça-feira, pelo jornal Expresso, que noticiou que Licínio Luís fez uma publicação na rede social 'Facebook´ a apelar Gouveia e Melo que "aguarde pela justiça" antes de julgar os dois fuzileiros detidos preventivamente e a questionar se o CEMA "nunca foi para a noite" e se "nunca bebeu uns copos".

Hoje, na cerimónia em Pinheiro da Cruz, o Chefe do Estado-Maior da Armada dirigiu-se à Força de Fuzileiros destacando, na preparação para mais uma missão ao serviço da NATO, "o profissionalismo, a entrega, a disciplina e a dedicação desta força de elite da Marinha".

A força de Fuzileiros é comandada pelo capitão-tenente João Gomes Goulart e constituída por 212 militares.

[Notícia atualizada às 14h57]

Leia Também: Chefe do Estado-Maior da Armada pondera readmitir capelão Licínio Luís

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