Autarcas do Algarve querem reforços de verbas para passes
Em comunicado, a AMAL explica "as autarquias não terão capacidade para suportar por muito mais tempo os encargos" associados ao programa.
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País Transportes
A AMAL (Comunidade Intermunicipal do Algarve) e os 16 municípios que a constituem pedem ao Governo que se prepara para assumir funções para reforçar as verbas do PART (Programa de Apoio à Redução Tarifária dos Transportes Públicos). Isto porque, garantem, "é a única forma de manter o Algarve neste projeto", visto que "as autarquias não terão capacidade para suportar por muito mais tempo os encargos".
Como explica um comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, em causa está um projeto que foi criado em 2019 e que prevê a implementação de medidas para a redução tarifária. O mesmo pretende, por um lado, "atrair passageiros para os transportes coletivos (que beneficiam de um desconto de 50% no valor dos passes)", bem como "dar um passo significativo em termos ambientais".
Como explica a AMAL, a maior fatia recebida no âmbito deste projeto "provém do Governo (80%)". Os "restantes 20% são assegurados pelos municípios. No entanto, no Algarve, esta equação alterou-se nos últimos meses", lê-se na mesma nota.
Mas com o fim da pandemia, a "procura pelo transporte público e pela compra de passes aumentou substancialmente e os apoios do Governo revelaram-se insuficientes", alega a AMAL. A mesma fonte explica que as autarquias da região aumentaram a comparticipação, chegando aos cerca de 50% - "o que se torna incomportável para os cofres camarários", assegura.
A AMAL explica ainda que, atualmente, "a verba do PART na região ronda os dois milhões de euros e cerca de um milhão está a ser assegurado pelos municípios". Apesar das autarquias da região terem decidido garantir esse apoio por um período de seis meses, de janeiro a junho, alertam agora "que não poderão manter esse nível de financiamento ao programa para além deste período".
O Governo anunciou, no final de janeiro, um reforço da verba do PART em 15 milhões de euros. Porém, a AMAL diz não ter sido "contemplada nesse reforço", estando assim confrontada com uma "situação que torna difícil a manutenção do programa na região".
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