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AM de Lisboa aprova moção pela libertação do autarca de Melitopol

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou hoje, com o voto contra do PCP e a abstenção do PEV, uma moção do PSD pela libertação imediata de Ivan Fedorov, presidente da Câmara Municipal de Melitopol, na Ucrânia.

AM de Lisboa aprova moção pela libertação do autarca de Melitopol
Notícias ao Minuto

22:29 - 15/03/22 por Lusa

País Ucrânia

Subscrita pelo PS, MPT, CDS-PP, PAN e Aliança, a moção apresentada pelo PSD passa por condenar "com a maior veemência" o rapto do presidente da Câmara Municipal de Melitopol, Ivan Fedorov, e "exigir ao governo da Federação Russa a libertação imediata" do autarca ucraniano.

Da bancada do PCP, Natacha Amaro assumiu "dificuldade em acompanhar um documento que é feito com base em algumas notícias", afirmando que as informações sobre o rapto do presidente da Câmara Municipal de Melitopol "não estão confirmadas".

"Em tempo e espaço de guerra, principalmente, sabemos que é ainda mais difícil ter informação fidedigna e real", disse a deputada municipal do PCP, sugerindo "cautela e ponderação" quanto à proposta do PSD, para que se evite situações de precipitação.

O deputado do PSD Luís Newton considerou de "gestão complexa" a posição dos comunistas: "Para o PCP parece que os ucranianos não são de fiar, de fiar é a promessa de não invasão de um autocrata formado na polícia secreta soviética".

No texto da moção, o PSD referiu que Ivan Fedorov, de 33 anos, é presidente da Câmara Municipal de Melitopol, no Oblast (região) de Zaporizhzhia, na Ucrânia, desde 2020 e "desempenhava as suas atuais funções quando a invasão militar russa da sua pátria, e a impiedosa guerra de agressão e conquista que se lhe seguiu, veio atingir a sua bonita cidade setecentista e cobiçada pela gula imperial de Vladimir Putin".

Apesar da ocupação militar, Ivan Fedorov recusou-se a abandonar as suas funções e em 11 de março, quando estava a trabalhar no centro de crise da cidade, a tratar dos imensos problemas que a catástrofe da guerra provocou à pessoas, os militares russos surpreenderam-no e levaram-no forçadamente para parte desconhecida, realça o grupo municipal do PSD, sublinhado que o rapto é "inadmissível e violador do Direito Internacional".

No âmbito da invasão militar da Rússia à Ucrânia, a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou também, com a abstenção de PCP e PEV e os votos a favor dos restantes deputados, uma moção da Iniciativa Liberal, subscrita pelo MPT, por uma integração das crianças ucranianas, no sentido de "apelar ao Governo, e em particular ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social que pondere a possibilidade de aumentar temporariamente a lotação das creches, com as devidas salvaguardas no que respeita à segurança das crianças".

De acordo com a moção, o atual enquadramento legal previsto na portaria n.º 262/2011 define o número máximo de crianças por grupo, que em certos caos pode ir até 18 desde que sejam respeitados os rácios de metro quadrado por cabeça, pelo que "este é um dos fatores que limita a resposta das instituições e que deverá ser revisto para responder temporariamente à presente situação" de acolhimento de refugiados da Ucrânia.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 691 mortos e mais de 1.140 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: Nova presidente de Melitopol nomeada pelos russos pede fim da resistência

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