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Ramalho Eanes diz que Europa deve "responder com mais força" a Putin

O antigo Presidente da República Ramalho Eanes considerou hoje que a Europa "respondeu bem" à atuação militar da Rússia na Ucrânia, mas defendeu que "deve responder com mais força", alertando que "tudo se pode esperar" de Vladimir Putin.

Ramalho Eanes diz que Europa deve "responder com mais força" a Putin
Notícias ao Minuto

19:15 - 08/03/22 por Lusa

País Ucrânia

À entrada para o lançamento do livro do cirurgião cardiotorácico José Roquete, em Lisboa, o general foi questionado sobre a situação na Ucrânia, começando por dizer que não se queria pronunciar "por enquanto", mas acabando por dizer o que considerava "fundamental".

"O fundamental é que há uma mudança geopolítica radical e ela apanhou a Europa desprevenida, a Europa respondeu bem, mas deve responder com mais força porque o [presidente russo] Putin demonstrou que é um homem em quem não se pode confiar e do qual tudo se pode esperar, tudo do pior", alertou.

Questionado se essa intervenção mais forte não poderia pôr em causa a segurança global, Ramalho Eanes respondeu: "Julgo que a segurança global é extremamente importante, mas seria conveniente ver se se poderia ir mais longe, eu julgo que se poderia ir mais longe", afirmou, nas breves declarações aos jornalistas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, marcou presença já no final da apresentação da autobiografia "Com o Coração nas Mãos" - uma iniciativa que não constava da sua agenda oficial - e já não se cruzou com o seu antecessor em Belém, Cavaco Silva, que assistiu ao lançamento do livro e saiu em seguida, sem prestar declarações aos jornalistas.

O livro foi apresentado no auditório do Hospital da Luz pelo antigo líder do PSD e comentador Luís Marques Mendes e contou com outros políticos na plateia, como a antiga presidente social-democrata Manuela Ferreira Leite ou o deputado do mesmo partido Fernando Negrão.

O deputado e antigo ministro socialista Capoulas Santos e os antigos parlamentares Matos Rosa (PSD) e Isabel Galriça Neto (CDS-PP) foram outros dos presentes.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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