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Açores esperam que guerra não afete recuperação pós-pandemia

O Governo dos Açores espera que o impacto da guerra na Ucrânia "não prejudique" o plano europeu de recuperação pós-pandemia, sendo esta "uma matéria" que preocupa o executivo regional, disse hoje o subsecretário da Presidência.

Açores esperam que guerra não afete recuperação pós-pandemia
Notícias ao Minuto

20:33 - 03/03/22 por Lusa

País Ucrânia/Rússia

"Não queríamos que isso acontecesse, mas sabemos bem que estas novas circunstâncias vão exigir resposta dos estados europeus e da União no seu conjunto, que vão exigir um esforço orçamental da própria União que esperemos que não prejudique aquilo que está planeado em termos de recuperação", disse Pedro Faria e Castro à agência Lusa.

"Mas é uma matéria que nos preocupa porque vivemos de prioridades e temos de entender quais são neste momento essas prioridades, sendo certo que também a nossa recuperação económica não deixa de ser uma dessas prioridades", acrescentou.

Pedro Faria e Castro falava em Marselha, à margem da 9.ª Cimeira Europeia das Regiões e dos Municípios, organizada pelo Comité das Regiões Europeu, que decorre até sexta-feira.

"Neste momento, aqui neste espaço, o nosso objetivo é também darmos, em nome dos Açores, essa solidariedade ao povo ucraniano [que uniu a Cimeira durante os trabalhos de hoje], não deixando obviamente de ter em conta os aspetos base desta conferência, que é precisamente a necessidade de pedir às instituições da União Europeia que promovam todas as medidas necessárias e adotem as melhores decisões para que a recuperação do pós-pandemia seja efetiva", afirmou.

"O mesmo acontece com as alterações climáticas" e "com a necessidade de as regiões e cidades participarem em todos os planos que estão a ser traçados a nível mundial e no âmbito da União Europeia sobre o problema ambiental", afirmou, numa referência a outro dos grandes temas que estavam no foco do debate da cimeira de Marselha, quando foi convocada, antes da invasão russa da Ucrânia.

O subsecretário Regional da Presidência do Governo dos Açores sublinhou as "muitas dificuldades" que a região tem enfrentado com a covid-19, devido ao isolamento e num momento em que atividades como o turismo estavam em crescimento aquando da chegada da pandemia.

Por outro lado, e no âmbito do debate do futuro da União Europeia e do funcionamento das instituições, Pedro Faria e Castro considerou que os Açores "deviam ter uma voz mais forte" nos processos de decisão europeus.

Uma via para esse objetivo pode passar pela alteração "da natureza" de órgãos como o Comité das Regiões Europeu - que tem atualmente um papel consultivo - ou pela representação nas instituições, como no Parlamento Europeu, com a criação, por exemplo, de círculos eleitorais regionais nas eleições europeias que garantam eurodeputados dos Açores, afirmou.

Atualmente, acrescentou, as regiões "estão nas mãos dos partidos", cujas estruturas nacionais decidem se colocam os candidatos ao Parlamento Europeu indicados pelas estruturas regionais em lugares elegíveis.

A 9.ª Cimeira Europeia das Regiões e dos Municípios decorre até sexta-feira e é organizada pelo Comité das Regiões Europeu, a assembleia da UE dos representantes regionais e locais dos Estados-membros.

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