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Reguengos de Monsaraz. Câmara cria equipa de missão de apoio a refugiados

A Câmara de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, anunciou hoje a criação de uma equipa de missão para dar apoio psicossocial, logístico e no acolhimento de refugiados ucranianos, na sequência da invasão russa daquele país.

Reguengos de Monsaraz. Câmara cria equipa de missão de apoio a refugiados
Notícias ao Minuto

19:38 - 02/03/22 por Lusa

País Reguengos de Monsaraz

A equipa de missão Juntos pela Ucrânia foi criada hoje e "já começou a funcionar", em articulação com os ministérios da Administração Interna e dos Negócios Estrangeiros, o Alto Comissariado para as Migrações e a Embaixada da Ucrânia, revelou o município.

"Para responder à crise humanitária causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, a autarquia constituiu a equipa para prestar apoio aos refugiados em três eixos de ação", disse.

O primeiro eixo diz respeito ao apoio no "acolhimento de emergência para os refugiados" e, através da Bolsa de Emprego, engloba o levantamento, junto das empresas do concelho, de empregadores interessados em receber ou criar postos de trabalho para ucranianos, que "permitam a sua integração no mercado de trabalho e na vida ativa local".

Segundo a câmara, "a Bolsa de Habitação poderá receber as ofertas de habitação de proprietários do concelho que estejam livres e pretendam solidariamente acomodar as famílias de refugiados".

Outras das componentes deste primeiro eixo são a Bolsa de Acolhimento, no âmbito da qual "vai proceder-se ao levantamento de ofertas de agregados familiares que pretendam receber famílias de refugiados nas suas próprias habitações", e a Bolsa de Apoio Jurídico, em que "será criada uma rede de voluntários, na área da advocacia, que queiram dar todo o apoio jurídico aos refugiados" que sejam acolhidos.

A componente psicossocial enquadra-se no segundo eixo de ação, com "a autarquia a disponibilizar apoio psicológico e a acompanhar e ajudar as famílias vindas do contexto de guerra na adaptação a um novo país".

"Será também prestado apoio no contacto com familiares na Ucrânia e, posteriormente, no acolhimento do membro do agregado ausente, caso pretendam continuar a residir no concelho", acrescentou.

A Câmara de Reguengos de Monsaraz vai, igualmente, "efetuar o levantamento e identificação de famílias já residentes e promover a realização de cursos de Português", pode ler-se no comunicado do município.

O apoio logístico preenche o terceiro eixo, com "equipas que providenciarão o apoio na recolha de bens, em articulação com a família ucraniana que iniciou o processo de recolha, assim como no transporte desses bens".

Este eixo integra também a preparação das habitações que estejam disponíveis através das bolsas de Habitação e Acolhimento ou das habitações disponibilizadas pelo município e o fornecimento da alimentação para os refugiados.

A equipa de missão Juntos pela Ucrânia pode ser contactada, para qualquer assunto relacionado com estes três eixos de atuação ou outros esclarecimentos, através do telefone 969628851 e por correio eletrónico (juntosucrania@cm-reguengos-monsaraz.pt).

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

Leia Também: UE e EUA celebram derrota da Rússia na ONU, Guterres pede fim de conflito

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