Jesuítas receberam duas denúncias de abusos. "Toques em zonas íntimas"
Casos remontam aos anos 50 e 80 e envolvem "dois jesuítas já falecidos".
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País Abusos sexuais
O Serviço de Escuta da Província Portuguesa da Companhia de Jesus foi criado há três meses - em novembro do ano passado - e, até ao momento, recebeu "duas denúncias de abusos de menores, envolvendo dois jesuítas já falecidos", revelou, esta terça-feira, em comunicado. As situações "remontam aos anos 50 e 80 e referem-se a toques em zonas íntimas".
"As vítimas pretendiam dar a conhecer a situação vivida, tendo, por isso, sido acolhidas e escutadas e o seu sofrimento reconhecido", aponta ainda a mesma nota.
O Serviço de Escuta foi ainda "contactado por outras vítimas que, relatando abusos ocorridos fora do âmbito da Companhia de Jesus, foram acolhidas, informadas e orientadas relativamente às entidades competentes para receberem os testemunhos e tratarem as denúncias".
A Companhia de Jesus "lamenta profundamente o impacto e o sofrimento que estas situações causaram às vítimas e reza para que possam agora encontrar paz e serenidade", com a coordenadora do Serviço de Escuta, Sofia Marques, a asseverar que existe um empenhamento no sentido de "gerar um clima de confiança e segurança para que as pessoas que foram vítimas de algum abuso possam contar a sua história e receber o acompanhamento que desejem e necessitem".
O serviço recebe e trata denúncias através do endereço de email escutar@jesuitas.pt ou do contacto telefónico 21 754 30 85 (entre as 9h30 e as 18h).
Na nota, colocada no portal dos Jesuítas em Portugal, é ainda recordado que, a pedido da Conferência Episcopal Portuguesa, foi também criada a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais Contra as Crianças na Igreja Católica. Esta pode ser contactada pelo email geral@darvozaosilencio.org ou pelo número 91 711 00 00.
"Estes dois serviços são autónomos e independentes, apesar de terem como missão comum contribuir para erradicar os abusos sexuais na Igreja Católica. A Companhia de Jesus pede às pessoas que tenham sido vítimas de alguém ligado às suas obras e organizações que não deixem de contactar o Serviço de Escuta mesmo que já tenham dado o seu testemunho à Comissão Independente", termina o comunicado.
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