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"Pandemia entrou numa outra fase. Agora, o CM vai ponderar"

Declarações da Ministra da Saúde à saída da reunião com os peritos no Infarmed, em Lisboa.

"Pandemia entrou numa outra fase. Agora, o CM vai ponderar"
Notícias ao Minuto

12:01 - 16/02/22 por Tomásia Sousa

País Covid-19

A ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu hoje que a "pandemia entrou numa outra fase" e confirma que o Conselho de Ministros vai agora "ponderar" toda a informação que recebeu hoje dos peritos em saúde pública sobre a situação epidemiológica em Portugal.

Ainda assim, Marta Temido sublinhou que o cenário é ainda de "incerteza".

"A pandemia entrou numa outra fase, estamos já com um decrescimento do número de casos, com um risco efetivo de transmissão também abaixo de 1. Estamos, porém, ainda numa situação em que a incidência está ainda num patamar elevado e temos ainda também uma mortalidade que é superior àquela que é o limiar de referencias para o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças", sublinhou a ministra, à saída das instalações do Infarmed, onde decorreu o encontro entre peritos e responsáveis políticos, em Lisboa.

"Tão rápido quanto possível e tão devagar quanto necessário", disse Marta Temido sobre o eventual alívio de restrições. Concretamente, referiu uma nova política de testagem, a avaliação dos contextos em que o uso obrigatório de máscara possa vir a cair e a alteração das situações em que é exigida a apresentação do certificado digital.

Segundo a ainda responsável pela pasta da Saúde, "conseguimos passar esta fase - que ainda não terminou, mas janeiro e o pico da pandemia já está ultrapassado - com uma situação controlada que nos permite olhar com expectativa para o tempo que aí vem".

Ainda assim, Marta Temido sublinha, tal como referiram os especialistas, que "devemos manter a vigilância" e um "acompanhamento atento do contexto, até por força daquilo que pode ser o aparecimento de uma nova variante" e porque "as questões relacionadas com a efetividade vacinal e com a imunidade têm de ser acompanhadas", defendeu.

"Dentro deste contexto, podemos de facto considerar uma nova fase. Sabemos também que Portugal passou esta quinta onda com muito menos restrições do que outros países", fez notar, lembrando que a estratégia assentou numa política de testagem, na apresentação de certificado em determinados espaços e na utilização de máscara.

A ministra da Saúde adianta que o Governo deverá reunir-se esta semana, em Conselho de Ministros, para considerar todos os aspetos abordados hoje, para a elaboração de um conjunto de medidas que deverá ser implementado de modo quinzenal.

"Hoje recebemos as recomendações dos peritos, estavam indexadas a um aspeto que foi sublinhado, que era também a questão da mortalidade, agora o Conselho de Ministros vai ponderar esta informação nas várias áreas governamentais e procurar fazer este avanço com tranquilidade", assegurou. "Sabemos que hoje estamos a encarar o futuro com muito mais tranquildade."

Questionada pelos jornalistas sobre uma possível redução do tempo de isolamento para infetados, a governante esclareceu que esse tipo de decisões não cabe ao Governo. Aquilo que pode ser decidido em sede de Conselho de Ministros são, explica, medidas relacionadas com o uso de máscaras, a lotação dos espaços ou a apresentação de testes no acesso a determinados locais. Já as medidas de saúde pública, "que têm a ver com questões técnicas" cabem à DGS, cujos peritos estão " a fazer essa reflexão", indicou.

"Vamos mudar, provavelmente, o paradigma de testagem para uma testagem mais focada, como já tivemos no passado", indicou a ministra. "Há depois, também, o aspeto dos medicamentos. Há apesar de tudo novos fármacos que estão a surgir, que o país está a procurar adquirir, negociar, e que têm um efeito muito promissor e seguro no debelar de uma doença grave."

Apesar de reconhecer que este é um dia feliz, Marta Temido lembra que "estamos num cenário de incerteza".

"Relativamente ao acompanhamento, ele terá provavelmente de se manter. Cada vez que ultrapassamos uma onda, sentimo-nos mais aliviados, mas temos de habituar-nos a conviver com a incerteza", concluiu.

[Notícia atualizada às 12h32]

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