Em declarações à agência Lusa, o coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Évora (USDE), Tiago Aldeias, também vereador da oposição CDU na Câmara de Vendas Novas, no distrito de Évora, indicou que os furtos verificam-se desde janeiro.
"Esta situação tem gerado alguma agitação junto dos trabalhadores" que estacionam os seus carros no parque industrial ou na área envolvente e, por terem sido vítimas de furto, "vários já apresentaram queixa" na GNR, argumentou.
Segundo o dirigente sindical, os furtos têm sido "sobretudo de catalisadores".
Contactada pela agência Lusa, fonte do Comando Territorial de Évora da GNR confirmou que "têm ocorrido, ainda que de forma residual, furtos de catalisadores" em viaturas estacionadas no parque industrial de Vendas Novas.
"A Guarda está a acompanhar e a desempenhar um papel preventivo para mitigar este fenómeno criminal", assinalou, aconselhando os proprietários a evitarem "deixar viaturas em locais ermos" e a contactarem a GNR "sempre" que sejam detetados "movimentos suspeitos".
Já o vice-presidente da Câmara de Vendas Novas, Valentino Salgado Cunha, em resposta enviada à Lusa, indicou que o município já tem conhecimento dos casos e está a "analisar a situação" para "verificar em que medida poderá agir para garantir uma maior proteção dos veículos estacionados" no local.
O abaixo-assinado, com mais de 200 assinaturas de trabalhadores do Parque Industrial de Vendas Novas, foi enviado pela USDE à câmara municipal, liderada pelo PS, e à GNR, na segunda-feira, divulgou a união de sindicatos.
De acordo com a USDE, o documento reivindica "o reforço dos meios" desta força de segurança para o "combate aos roubos frequentes" nas viaturas estacionadas no parque industrial e zonas limítrofes.
Nas declarações à Lusa, o coordenador da USDE alertou que este concelho alentejano está "confrontado com uma redução e alguma incapacidade de meios da GNR", alegando que o problema verifica-se também no concelho vizinho de Montemor-o-Novo.
"Os trabalhadores ficaram preocupados com o agravamento" do número de furtos e "entenderam que seria uma mais-valia fazer um abaixo-assinado" para o entregar no município, "exigindo que a câmara reivindique ao Governo e ao Ministério da Administração Interna o reforço de meios da GNR", sublinhou.
Tiago Aldeias notou que os militares da GNR que prestam serviço nos dois concelhos "fazem o seu melhor", mas argumentou que esta força de segurança "está claramente desfalcada de meios para intervir no concelho".
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