Restaurante destruído pelo mau tempo não pagou salários

O Sindicato da Hotelaria do Norte revelou hoje que o restaurante Shis, no Porto, que foi destruído pela forte agitação marítima no início de janeiro, "não pagou os salários de fevereiro" aos 43 trabalhadores.

Restaurante destruído pelo mau tempo não pagou salários

© www.shisrestaurante.com

Lusa
24/03/2014 12:57 ‧ 24/03/2014 por Lusa

País

Porto

Em comunicado enviado à Lusa, o sindicato refere que a empresa "deve o salário de fevereiro, bem como parte dos subsídios de férias e do Natal" aos trabalhadores.

De acordo com o sindicato, aquando da destruição do restaurante, a 06 de janeiro, "o sócio gerente comprometeu-se a assegurar o pagamento dos salários e a reabrir o estabelecimento antes do verão".

Contudo, "numa reunião realizada na quinta-feira com os trabalhadores, surpreendentemente, a gerência da empresa propôs um acordo de cessação dos contratos de trabalho aos trabalhadores com pagamento de três salários e o modelo para o desemprego, alegando que a companhia de seguros não desbloqueou as verbas necessárias para os salários".

Para o Sindicato da Hotelaria do Norte, a proposta "é inaceitável para os trabalhadores", porque não prevê o pagamento de "os demais direitos bem como das indemnizações devidas".

"Os trabalhadores receiam que o gerente do restaurante desvie o dinheiro do seguro e não reabra o estabelecimento", acrescenta o sindicato, lembrando que "o valor disponibilizado de cerca de dois milhões de euros obriga a empresa a pagar salários e a reabrir" o restaurante.

O sindicato garante ainda que se a gerência do Shis não se comprometer a respeitar os direitos dos trabalhadores, "estes vão adotar formas de luta e serão acionados os mecanismos legais".

No dia 06 de janeiro, a força das ondas apanhou pessoas e carros na marginal da Foz, bem como deixou irrecuperável aquele restaurante da praia do Ourigo.

Dois dias depois, fonte da empresa garantiu ao jornal Público que o restaurante deve reabrir a tempo do verão.

"Não só porque é vontade dos seus donos reabrir uma casa de renome, com créditos firmados para lá do Porto, mas também porque o seguro não estará interessado em pagar por muito tempo os ordenados dos 43 funcionários do estabelecimento", escrevia o Público.

Contactado pela Lusa, o presidente do sindicato, Francisco Figueiredo, disse não ter conhecimento de outros bares ou restaurantes situados na costa da zona do Grande Porto e afetados pelo mau tempo em que tenham sido colocados em causa postos de trabalho.

"O Shis era o único que funcionava a tempo inteiro, durante todo o ano e que foi afetado de forma grave. O mais comum noutros espaços é o recurso ao trabalho sazonal", explicou o sindicalista.

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