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Em 2022 o desafio do Dia Mundial da Luta Contra o Cancro é "a iniquidade"

Apesar da recuperação no que toca ao número de pessoas rastreadas em 2021, a incidência da doença continua a aumentar.

Em 2022 o desafio do Dia Mundial da Luta Contra o Cancro é "a iniquidade"

"O desafio do Dia Mundial da Luta Contra o Cancro é, este ano, o da luta contra a iniquidade no acesso. É este o nosso compromisso, o de continuar a combater desigualdades também por esta via". Foi esta uma das mensagens transmitidas pela ministra da Saúde, Marta Temido, no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, assinalado hoje, 4 de fevereiro.

"A luta contra o cancro é um combate desigual, ao qual responderemos melhor se conseguirmos unir a ciência, a clínica, e a compaixão", defendeu a responsável, na sessão online de apresentação dos resultados dos rastreios oncológicos de base populacional entre 2019 e 2020.

Apesar da disrupção na "prevenção da doença, na prestação de cuidados, [e] no acompanhamento de casos", a recuperação tem sido alcançada diariamente, "graças ao trabalho incansável de centenas de profissionais de saúde", salientou Marta Temido.

Na verdade, de acordo com os resultados apresentados, o diagnóstico precoce voltou, em 2021, aos resultados obtidos nos anos de pré-pandemia. A título de exemplo, a ministra da Saúde explicou que cerca de 57 mil pessoas foram rastreadas para cancro do cólon e reto, o que representa um aumento de 44% em relação a 2019.

Além disso, "a cobertura foi melhorada, aumentando o número de unidades funcionais, que asseguraram os três rastreios de base populacional", acrescentou.

Ainda que o número de doentes operados tenha aumentado 19% face a 2019, e o tempo de espera tenha diminuído para cerca de 34 dias, a incidência do cancro tem aumentado, não só em Portugal, mas na União Europeia. Os dados indicam que, em 2020, 2,7 milhões de pessoas foram diagnosticadas com doença oncológica, ao passo que 1,3 milhões perderam a vida.

"É, portanto, urgente ter uma estratégia nacional de abordagem do cancro assente em várias dimensões, alinhada com a do plano europeu contra o cancro. Claro que há um longo caminho percorrido, […] mas há muito caminho para continuar a percorrer. Importa concluir e implementar o Plano Nacional de Luta Contra o Cancro, alinhado com o plano europeu", assente na prevenção, deteção precoce, diagnóstico, tratamento e qualidade de vida de doentes e sobreviventes, rematou.

"A maior esperança de vida, a exposição a carcinógenos, e os estilos de vida menos saudáveis estão na origem do aumento progressivo do número de novos casos de cancro em Portugal, em linha com a tendência verificada nos outros países desenvolvidos", destacou Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, relembrando que "o cancro é a segunda causa de morte, logo a seguir às doenças cérebro-cardiovasculares".

Nesse sentido, "a prevenção deve ser um dos principais focos do [Serviço Nacional de Saúde] e da sociedade", de modo a que, no final de 2025, Portugal "seja, mais uma vez, um exemplo para a Europa, como já o é nas coberturas vacinais contra o HPV, a hepatite b e a Covid-19", concluiu.

[Notícia atualizada às 12h07]

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