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Empresa de injeção de plásticos em Anadia aposta na diversificação

A Magnusberry, empresa de injeção de plásticos localizada em Anadia, vai apostar este ano na diversificação de áreas e no desenvolvimento de novos produtos, utilizando materiais biodegradáveis e mais amigos do ambiente.

Empresa de injeção de plásticos em Anadia aposta na diversificação
Notícias ao Minuto

10:16 - 27/01/22 por Lusa

País Magnusberry

"2022 será o ano em que vamos apostar na diversificação de áreas, desenvolvendo a marca Greenmagnus que lançámos no final do ano passado. Queremos também desenvolver novos produtos, com a introdução de novos tipos de materiais biodegradáveis e sensibilizar os clientes para estes produtos feitos com materiais reciclados", revelou Bruno Melo, responsável da Magnusberry.

A empresa Magnusberry, que completou 12 anos há poucos dias, foi criada pela mão de Bruno Melo, um engenheiro mecânico natural de Anadia, que na altura tinha apenas 26 anos.

Para tal, contou com o apoio financeiro da mãe, que é sócia fundadora desta empresa que tem como principal objetivo a fabricação de componentes em plástico, através de processos de injeção, para a indústria em geral.

"Na altura, comecei com quatro funcionários, três máquinas na produção e faturámos 300 mil euros no primeiro ano de atividade. Atualmente, temos 18 colaboradores, contamos com 10 máquinas e fechámos o ano de 2021 acima dos dois milhões de euros de faturação", revelou.

2021 foi um ano em que a faturação cresceu, mas foi preciso "procurar outro tipo de mercado para fazer face à crise provocada pela pandemia".

"A área da embalagem alimentar representa cerca de 60% da produção desta empresa, com a marca Kipmagnus. Com uma quebra na ordem dos 15% em 2020, tivemos de procurar mercado fora da grande distribuição da restauração", destacou.

A aposta na marca Greenmagnus é a prioridade para 2022, com produção de componentes que vão desde os compostores aos jardins inteligentes, hortas urbanas ou depósitos de água.

Já para 2023 prevê apostar na internacionalização, com especial incidência na Europa ocidental.

"Já tínhamos pensado apostar nas exportações em 2020, mas com a pandemia não foi possível. Contamos avançar em 2023", acrescentou.

Com clientes "por todo o país", 70% da produção da Magnusberry tem como destino a zona Centro e a grande Lisboa.

Depois de ter nascido em instalações alugadas, com cerca de mil metros quadrados, em Águeda, a empresa de Bruno Melo deu o salto para instalações próprias, com mais de 2 mil metros quadrados, na Zona Industrial de Vilarinho do Bairro, concelho de Anadia.

Tal foi possível graças ao apoio de cerca de meio milhão de euros, em fundos comunitários, que executou de 2016 a 2019.

"Este apoio permitiu-nos ainda o alargamento do parque de máquinas, ganhando duas novas máquinas e depois também a automatização do processo. Permitiu-nos também colocar um sistema de alimentação centralizado, os circuitos de refrigeração passaram a ser em circuitos fechados e tivemos a preocupação de reduzir consumos energéticos, colocando painéis fotovoltaicos", recordou.

À Lusa, o responsável da empresa da área dos plásticos reconheceu que este é um material que atualmente não é bem visto por toda a sociedade.

No entanto, alertou para algumas opções tomadas nesta matéria, que diz serem prejudiciais.

"Por exemplo, terminaram com copos e talheres de plástico, colocando-se agora copos plastificados. Um copo 100% de plástico dá para reciclar e voltar a reintroduzir no mercado, mas um copo plastificado vai para onde?", questionou.

Bruno Melo sublinhou que não se consegue reciclar um copo de papel com plástico misturado, sendo maior o prejuízo ambiental.

"Todos dias se tomam decisões contra o plástico, mas na verdade acabam por optar por soluções que não são economicamente viáveis e sustentáveis", concluiu.

Leia Também: Reciclagem de embalagens aumentou 6,4% em 2021 em Portugal

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