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MAS defende fim do trabalho temporário em ação com a corda ao pescoço

A porta-voz do Movimento Alternativa Socialista (MAS) defendeu hoje o fim das empresas de trabalho temporário, numa ação em Lisboa frente a uma das maiores do género em Portugal, onde os apoiantes se apresentaram com uma corda ao pescoço.

MAS defende fim do trabalho temporário em ação com a corda ao pescoço
Notícias ao Minuto

13:42 - 21/01/22 por Lusa

País Legislativas

"Estamos frente à sede da Randstad, que é uma das maiores fábricas mundiais de precários a operar em Portugal", disse Renata Cambra aos jornalistas, acrescentando: "Viemos chamar a atenção para o facto de a juventude, mas não só, viverem com a corda ao pescoço e sem perspetivas de futuro".

O MAS defende o fim das empresas de trabalho temporário e recorda que tem vindo a chamar a atenção para o facto de "ainda não ter sido revertida a legislação laboral da troika".

Um aspeto que, segundo Renata Cambra, é "muito importante", tendo em conta que em Portugal "22% da força de trabalho é precária, 20% da força de trabalho recebe o salário mínimo e dois em cada três jovens nascidos nos anos 90 [século XX] tem contratos a prazo e apenas 15% desses contratos se tornam efetivos".

"Apesar de falarmos da geração mais bem preparada do país, a grande maioria não tem grandes perspetivas de futuro, vive com a corda no pescoço porque nunca sabe se vai ter o seu posto de trabalho a longo prazo", disse Renata Cambra, professora, durante anos a trabalhar de uma forma precária.

E adiantou: "Muitos dos postos de trabalho temporários, ou mesmo os recibos verdes, correspondem a uma necessidade constante desse posto de trabalho. É temporário, mas não é, e devemos acabar urgentemente com isso".

O MAS assume-se como uma alternativa e pretende "acordar a esquerda", pois considera que é importante uma "esquerda forte e combativa".

A este propósito, responsabilizou a política do Governo PS de contribuir para o aumento da extrema-direita, como apontam algumas sondagens.

"Mais uma vez vemos que a extrema-direita cresce e para combater a extrema-direita é preciso a esquerda ser forte, combativa e construir uma alternativa ao PS, porque foi também a política do governo PS que alimentou o descontentamento das pessoas que hoje em dia não têm resposta e veem-na na extrema-direita, porque não veem alternativa".

Esta ação do MAS realizou-se na Avenida da República, em Lisboa, juntando uma dúzia de apoiantes que, com uma corda ao pescoço e bandeiras do Movimento, distribuíram folhetos e informaram os transeuntes sobre o problema dos empregos precários.

Leia Também: BE pede que salários e direitos laborais "sejam levados a sério"

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