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Médicos alertam para falta de nomeação de diretores de serviço na Guarda

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) alertou a ministra da Saúde para as "graves consequências" decorrentes da falta de nomeação dos diretores de serviço da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda.

Médicos alertam para falta de nomeação de diretores de serviço na Guarda
Notícias ao Minuto

15:14 - 13/01/22 por Lusa

País Saúde

A SRCOM adiantou em comunicado que escreveu uma carta à ministra Marta Temido a alertar para uma situação "que se arrasta há demasiado tempo" e da qual resultam "graves consequências sobre a organização hospitalar e os cuidados de saúde prestados".

"São múltiplos casos de atrasos incompreensíveis", segundo a fonte.

Na carta, a Ordem dos Médicos alertou para a "situação real" do Hospital de Sousa Martins, que é a principal unidade hospitalar da ULS da cidade mais alta do país.

"Os serviços de Pneumologia, Dermatologia, Medicina Física e Reabilitação, Medicina Interna, Otorrinolaringologia, Reumatologia e Neurologia mantêm os seus diretores em funções desde 2017 e não temos conhecimento, até ao momento, da abertura de procedimento concursal para os mesmos", lê-se.

A SRCOM, presidida por Carlos Cortes, acrescentou que, no setor da Ginecologia/Obstetrícia, o diretor de serviço terminará funções em 2022 e, "segundo informação prestada, já terá solicitado a aposentação".

No serviço de Psiquiatria, "devido a aposentação do diretor de serviço, foi nomeado pelo Conselho de Administração um assistente graduado sénior para desempenho 'interino' daquelas funções. Sem recurso a qualquer tipo de procedimento administrativo", apontou.

Ainda de acordo com a fonte, "alguns concursos abertos" estão a "aguardar resolução", nomeadamente Anestesiologia (sem candidatos), Cardiologia (dois concorrentes), Pediatria (dois concorrentes), Medicina Intensiva (dois concorrentes), Ortopedia (sem candidatos), Cirurgia (dois concorrentes) e Oftalmologia (um concorrente).

No total, são 16 serviços hospitalares da ULS da Guarda "com atrasos incompreensíveis nas nomeações dos diretores", resultando "em falta de planeamento dos cuidados de saúde a levar a cabo aos utentes, indefinição da organização na prestação de cuidados de saúde, entre muitas outras competências e atribuições inerentes a este cargo".

No documento, o presidente da SRCOM, Carlos Cortes, "chama a atenção para 'as implicações nefastas' que a ausência dessa nomeação acarreta".

"Mais grave, ainda, é perpetuar situações de serviços sem diretores nomeados da própria especialidade médica, o que tem causado graves dificuldades no desenvolvimento do serviço, como a Oftalmologia ou Ortopedia", referiu.

Para o responsável, "todas estas situações configuram um desleixo preocupante que contribui para um clima de descontentamento e instabilidade da instituição", pelo que solicita a intervenção da ministra da Saúde.

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