Lourdes de Castro: Partidos políticos na Madeira manifestam pesar
O PSD, o CDS e o BE da Madeira lamentaram hoje a morte da artista plástica madeirense Lourdes de Castro, indicando os sociais-democratas insulares que vão apresentar um voto de pesar na Assembleia Legislativa da região.
© Global Imagens
País Óbito
A artista plástica morreu hoje, no Funchal, aos 91 anos.
"O grupo parlamentar do PSD manifesta o seu pesar pelo falecimento, aos 91 anos, da artista plástica madeirense Lourdes de Castro, apresentando um voto na Assembleia Legislativa da Madeira", lê-se na informação divulgada pelo partido.
Os deputados sociais-democratas madeirenses destacam que Lourdes Castro é reconhecida "como uma das mais notáveis artistas contemporâneas" e "deixa uma marca inconfundível e uma vasta obra no mundo das artes plásticas".
Realçam o seu "contributo incontestável" para a cultura portuguesa.
O PSD/Madeira sublinha que "como madeirense, Lourdes Castro contribuiu para a projeção da região ao nível internacional, sendo uma referência não só para os jovens artistas locais, mas também do mundo inteiro" e enaltece "a vida e o percurso artístico de Lourdes Castro".
"Hoje, é um dia triste para a região, mas também para o país", afirmou, por seu turno, o CDS-PP/Madeira, o partido que integra o Governo Regional de coligação com o PSD.
Os centristas insulares também lamentam a morte de "uma das mais reconhecidas artistas plásticas portuguesas", sublinhando que foi uma "artista pioneira, reconhecida nacional e internacionalmente, estando representada em inúmeras coleções públicas e privadas".
O CDS-PP/Madeira realça que Lourdes de Castro "deixa um legado criativo ímpar".
Sem assento no parlamento madeirense, os responsáveis do Bloco de Esquerda (BE) também expressaram publicamente o seu pesar pelo falecimento "deste vulto maior da cultura nacional e internacional".
Na nota divulgada, os bloquistas enfatizam que Lourdes de Castro "abraçou o mundo com a sua criatividade multidisciplinar e experimentalista, mas sob uma simplicidade do olhar e onde o verde e a natureza que a viu nascer tiveram uma presença marcante".
O BE/Madeira declara que "o seu nome e a sua obra, presentes nas grandes coleções de arte mundiais, quer em Portugal quer fora do país, são um legado inolvidável e para todo o sempre associado à história da cultura contemporânea portuguesa".
A sua morte é uma "perda irreparável" e hoje é "certamente, um dia triste para a cultura portuguesa", vincam.
Lourdes de Castro nasceu a 09 de dezembro de 1930, no Funchal, Madeira, onde se fixou em permanência em 1983, depois de ter vivido em Lisboa, onde se formou em Pintura (1956), em Munique e Paris.
Na capital francesa, fundou a revista "KWY" (1958-1963), com René Bertholo, que congregou os artistas Jan Voss, Christo Javacheff, Costa Pinheiro, Gonçalo Duarte, José Escada e João Vieira.
Está representada em coleções nacionais e estrangeiras, públicas e privadas, destacando-se as do Victoria and Albert Museum, em Londres, do Museu de Arte Contemporânea de Belgrado, da Fundação de Serralves e da Fundação Gulbenkian, que fizeram retrospetivas da sua obra, e a Coleção de Arte Contemporânea do Estado.
Em 2020, o Ministério da Cultura atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Cultural.
Em junho passado, foi condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
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