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Ómicron no país: menos grave, vacinas menos efetivas e prevalência de 20%

Variante Ómicron pode representar 80% dos novos casos no país no final deste ano. Ministra da Saúde admite um "agravamento" do impacto sobre os serviços de saúde.

Ómicron no país: menos grave, vacinas menos efetivas e prevalência de 20%
Notícias ao Minuto

11:00 - 17/12/21 por Tomásia Sousa

País Covid-19

A eficácia das vacinas contra a Covid-19 é, aparentemente, menor face à nova variante Ómicron, afirmou esta sexta-feira a ministra da Saúde, Marta Temido, enquanto atualizava a informação sobre a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.

"Há uma aparente diminuição da efetividade vacinal" contra infeção sintomática, apontou a governante, numa conferência de imprensa que conta ainda com a presença de João Paulo Gomes e Baltazar Nunes, investigadores do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

A ministra referiu que "o país tem mantido a situação epidemiológica controlada" e deu o exemplo do índice de transmissibilidade (Rt), que "se mantinha acima de 1 desde meados de outubro" e tem começado a reduzir desde então.

"Mostra que o esforço de todos tem estado a resultar", afirmou, apontando ainda assim que "temos uma nova dificuldade": a variante Ómicron, cujos primeiros casos no país foram identificados a 28 de novembro.

Segundo Marta Temido, a prevalência desta variante em Portugal já ronda os 20%, estimando-se que poderá ter uma prevalência de 50% na semana do natal e de 80% na semana do final de ano.

Referindo que esta nova variante é mais transmissível do que a Delta, a tutela apontou a necessidade de reforçar o "uso de máscaras", a "vacinação" e o "controlo de fronteiras".

Se a variante se transmite mais, cada um de nós tem de fazer mais", defendeu. "Temos de evitar o mais possível contactos com aglomerados."

"O período de contenção de 2 a 9 de janeiro não pode ser visto como um momento de compensação", indicou ainda.

Tanto a ministra da Saúde como Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, referiram que tudo indica que a gravidade da infeção pela variante Ómicron seja menos grave.

Ainda assim, Temido admite o "agravamento" do impacto sobre os serviços de saúde, ainda que os cuidados hospitalares tenham registado "níveis estáveis" nos últimos dados disponíveis.

"Prevemos um agravamento. (...) Estamos com uma utilização de serviços de saúde que começa a ressentir-se de uma procura mais intensa", afirmou, adiantando que as administrações regionais de saúde já fizeram "38 acordos para encaminhamento de utentes Covid e não Covid" com outras unidades de cuidados hospitalares.

"Temos de estar preparados", frisou, antecipando o "agravamento" do cenário, com "muito mais casos" da variante Ómicron em Portugal, "embora a maioria com menor gravidade".

Esta comunicação ao país acontece depois de Marta Temido ter estado, juntamente com a ministra da Presidência, reunida ao longo desta semana duas vezes com os peritos que têm participado nas reuniões do Infarmed. A governante assegurou que tem estado a acompanhar, juntamente com o Governo, o evoluir da situação e que deverá haver mais dados nas "póximas horas, nos próximos dias e no inicio da próxima semana".

Reveja aqui a conferência de imprensa na íntegra:

[Notícia atualizada às 11h44]

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