Manuela Ferreira Leite e Fernando Medina estiveram, esta quinta-feira, no Crossfire, da CNN Portugal, onde comentaram, entre outros temas, as medidas reveladas hoje por António Costa, após o Conselho de Ministros, para tentar travar a propagação da Covid-19 em Portugal.
Em primeiro lugar, a ex-líder do PSD salientou não ter "competência suficiente para avaliar a eficácia das medidas" mas, como cidadã, entende que "todo este período de Covid tem sido um verdadeiro massacre de informação".
"As pessoas têm de estar informadas, mas penso que há mais doenças para além da Covid. A partir de certa altura passa a ser um massacre. E ao ser um massacre - e não nos esquecendo de algumas das medidas que foram anunciadas e, depois, têm outras absolutamente contrárias -, cria uma certa indiferença e alguma insegurança", apontou, justificando este ponto de vista com ter-se dito que as escolas não eram um meio de transmissão, para agora ouvirmos "que as crianças têm de ser vacinadas". "Logo, eram porque eram um meio de transmissão".
Para a também ex-ministra das Finanças, há diversas "interpretações", sendo que uma delas é a possibilidade de haver "alguma instrumentalização por parte do Governo das medidas que são tomadas", ou seja, "são mais leves ou mais pesadas consoante o período em que estamos".
Em seguida, Fernando Medina deu "razão" à social-democrata no ponto "em que a informação e a gestão da comunicação é hoje muito difícil e, por vezes, pouco percetível pelas pessoas". "Acho que há um cansaço muito grande instalado nas pessoas sobre o tema da pandemia, mas rejeito em absoluto que haja alguém capaz de fazer qualquer instrumentalização da gestão deste processo".
O antigo presidente da Câmara de Lisboa vincou ainda que "estamos, comparativamente com o mesmo dia de há um ano atrás, numa situação indiscutivelmente melhor".
Recorde aqui as medidas apresentadas por António Costa
Leia Também: Máscaras, certificado digital e "semana de contenção". As novas regras