Paulo Portas associa a nova nova vaga da pandemia que afeta o país ao facto de termos dormido "na forma em relação à terceira dose", e culpa o desmantelamento da task force liderada pelo vice-almirante Gouveia e Melo pelo falhanço na administração da dose de reforço da vacina. Para o ex-líder centrista, as autoridades de saúde adormeceram quando optaram por "reduzir a task force de 50 pessoas para apenas oito”.
De acordo com Paulo Portas, existem neste momento 8,8 milhões de portugueses com a primeira toma da vacina, 7,2 milhões que já receberam duas inoculações e apenas 750 mil que já tomaram a terceira dose. Portugal deveria estar a realizar 40 mil inoculações diárias, algo que não se está a verificar, realçou o comentador.
Apontou ainda Paulo Portas que a "DGS não prevê, até ao fim do ano, nenhuma vacinação abaixo dos 65 anos", o que devia ser tido em conta no planeamento porque existem também muitas pessoas de risco nestes outros grupos mais novos que trabalham, estudam, etc... Para Paulo Portas, é uma questão de "vontade, lucidez, prudência e organização".
No caso de ser necessário um novo Estado de Emergência, afirma também antigo ministro que, do ponto de vista jurídico, a Constituição da República Portuguesa prevê que uma comissão independente possa aprovar o Estado de Emergência apesar da dissolução do Parlamento. No entanto, neste momento, isto seria "uma péssima notícia para a sociedade e para a economia portuguesa", tendo em conta a proximidade do Natal.
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