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Três candidatos disputam liderança da Associação Académica de Coimbra

As eleições para a Direção-Geral e Mesa da Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra (AAC) vão decorrer no dia 18, com voto antecipado a 15, com três listas na disputa pela liderança.

Três candidatos disputam liderança da Associação Académica de Coimbra
Notícias ao Minuto

10:22 - 11/11/21 por Lusa

País Estudantes

A estudante de direito de 23 anos Ghyovana Carvalho encabeça a lista P -- Académica Presente; Pedro Marques Dias, também estudante direito de 23 anos, concorre pela T -- Tudo Pela Académica; e Cesário Silva, estudante de engenharia informática de 24 anos, lidera a lista V -- Académica de Valores.

Ghyovana Carvalho, que já concorreu no passado ao Núcleo de Estudantes de Direito, salientou que a candidatura surge de uma "necessidade de alternativa e mudança na AAC" e considerou que é preciso "ir mais longe e fazer mais" na defesa dos direitos dos estudantes que "ficaram muito comprometidos com a pandemia".

"Há um afastamento da Direção-Geral face aos estudantes", disse à agência Lusa a candidata, considerando que é preciso uma maior presença da academia na rua e um maior empenho na reivindicação pelo fim das propinas e por mais e melhor ação social direta e indireta.

Também Cesário Silva, que foi presidente do Núcleo de Estudantes de Informática e é atual membro do Conselho Geral da Universidade de Coimbra, fez um diagnóstico aos últimos mandatos semelhante.

"A Académica acaba por ter tido um fecho sobre si mesma. É preciso uma Direção-Geral proativa", notou, referindo que é necessária uma posição mais assertiva para assegurar uma melhoria das condições dos estudantes, seja nas cantinas ou no aumento de camas nas residências universitárias.

Para Cesário Silva, "a luta não tem sido suficiente naquilo que são os problemas concretos" dos estudantes.

Já para Pedro Marques Dias, que foi presidente do Núcleo de Estudantes de Direito, a candidatura "é o culminar" do seu percurso associativo.

O estudante defendeu uma Direção-Geral que consiga levar "a voz dos estudantes de Coimbra às instituições locais e nacionais".

Uma das propostas passa por instalar um gabinete de inclusão, para um trabalho de acompanhamento "junto das minorias sub-representadas, sejam elas étnicas, religiosas ou relacionadas com a orientação sexual", afirmou o estudante.

Na ótica do candidato, a AAC "nunca se deixou de fazer ouvir", mesmo em pandemia, sublinhando que é necessário estar atento num momento em que os números de abandono escolar podem aumentar, face às condições socioeconómicas das famílias.

Para Pedro Marques Dias, as propostas no Orçamento do Estado para 2022 do Governo traziam "notas positivas" para os estudantes.

Lamentou, por isso, que o chumbo orçamental adie as medidas no tempo.

Ghyovana Carvalho não faz a mesma leitura do chumbo, considerando que a postura de uma Direção-Geral que se contenta "com um bocadinho" nunca levará os estudantes "a terem aquilo que é seu por direito".

"O Orçamento do Estado deve garantir que não existe um único estudante que não pode continuar os seus estudos por obstáculos financeiros", salientou Cesário Silva.

Segundo o presidente da Comissão Eleitoral, Laurindo Frias, a votação geral a 18 de novembro realiza-se entre as 10:00 e as 19:00 em 25 urnas espalhadas nos diferentes departamentos e faculdades da Universidade de Coimbra.

A 15 de novembro, o voto antecipado decorre entre as 10:00 e as 21:00, na "cantina dos grelhados".

Caso nenhuma das três listas consiga maioria absoluta, haverá uma segunda volta disputada entre as duas listas mais votadas, com voto antecipado a 23 de novembro e votação geral a 25 de novembro.

Nas eleições, há um universo de cerca de 30 mil votantes.

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