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Delfina Laurentino, a trabalhadora mais antiga do INEM

Instituto celebra 40 anos e tem brindado a população com algumas curiosidades sobre a sua existência.

Delfina Laurentino, a trabalhadora mais antiga do INEM
Notícias ao Minuto

16:10 - 09/11/21 por Notícias ao Minuto

País INEM

O INEM assinala 40 anos de existência este ano e como tal, ao longo dos meses, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem presenteado a população com vários dados curiosos sobre o Instituto.

Esta semana, foi a vez de apresentarem a trabalhadora mais antiga do INEM: Delfina Laurentino.

Nascida em Moçambique, Delfina veio para Portugal em novembro de 1974, quanto tinha apenas 17 anos. Casada e com um filho, conta o INEM, rapidamente iniciou a procura por emprego. Uma amiga da irmã informou-a da existência de vagas para uma comissão recentemente criada com o propósito de “desenhar moldes do socorro pré-hospitalar em Portugal”.

Delfina candidatou-se e, após uma entrevista de emprego no Serviço Nacional de Ambulâncias (SNA), que deu posteriormente lugar ao INEM, na qual lhe foi pedido para datilografar um contrato para aquisição de ambulâncias, ingressou oficialmente no serviço a 10 de dezembro de 1974.

Questionada sobre as suas memórias, Delfina recorda como foi trabalhar com o fundador do INEM, Filipe Rocha da Silva. "Foi uma aventura muito grande […]. Ele não escrevia, gravava textos em cassetes que eu depois transcrevia, ou simplesmente andava de um lado para o outro da sala a ditar! Mas fazia-o tão bem que, no final, não havia uma vírgula a acrescentar. E para piorar o cenário de ter que datilografar tudo, ouvia sempre um ruído de fundo nas cassetes que me dava. Até que me explicaram que numa altura em que o Dr. Rocha da Silva trabalhava na GNR, entrou um pássaro na sua sala de trabalho. Ficou com ele e levou-o para casa. O pássaro andava sempre ao seu ombro. Eu passava os dias a transcrever ideias sobre a criação de um serviço de emergência médica, com um chilrear de pássaro em fundo [risos]", descreve.

Da criação do SNA à transição para o INEM, Delfina Laurentino foi vivendo e acompanhando toda a evolução do Instituto, que, este ano, comemora quatro décadas de existência.

Para Coordenadora Técnica na Unidade de Tesouraria, apesar de serem os colegas operacionais que, no terreno, mais contribuem para a imagem do INEM na sociedade, "por trás deles, há muito trabalho para que toda a estrutura funcione", por isso, na sua opinião, a imagem "positiva" do Instituto só é possível devido à "boa estrutura de suporte" que este conseguiu criar ao longo dos anos com o trabalho de todos os funcionários.

"Quando oiço uma sirene, lembro-me sempre da importância do nosso trabalho. Sinto orgulho quando o INEM faz um bom trabalho", evidencia.

Um sentimento que é recíproco. "O INEM tem orgulho em poder contar com o trabalho, dedicação e esforço de Delfina desde há tantos anos", lê-se na publicação partilhada no site oficial do SNS.

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