Documentos provam dureza do Dux João Gouveia nas praxes

Documentos a que a TVI teve acesso, que foram escritos dois meses antes da tragédia no Meco, provam que o Dux João Gouveia instaurou firmeza excessiva, que acabou por afastar os trajados das reuniões. Saliente-se que, foi nessa altura, em meados de outubro, que o Dux foi eleito para o seu primeiro ano como líder das praxes da Universidade Lusófona.

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Notícias ao Minuto
11/03/2014 12:48 ‧ 11/03/2014 por Notícias ao Minuto

País

Meco

Após a eleição de João Gouveia como Dux da Universidade Lusófona foi escrito um relatório por um doutor, onde foi descrita a atitude do aluno, que acabava por afastar os veteranos e caloiros, devido à forte pressão que exercia.

Segundo a TVI, que teve acesso ao documento, o relatório foi escrito pelo “doutor Cobra Cuspideira”, que mencionou um caminho de dureza, rigor e sanções nos dois meses antes da tragédia no Meco.

“Os trajados são cada vez menos, há pessoas que aparecem cá uma ou duas vezes por mês. Quando é marcada uma atividade em que apenas se intitula para doutores ou pastranos, ficam todos acagaçados e ninguém aparece. Acho que seria necessário haver atividades onde não se aplicassem praxes e se se aplicassem fossem no espírito de brincadeira”, escreveu o doutor. “Faz falta conviver todos juntos, irmos jantar a algum lado, seria uma coisa divertida. Ou então, qualquer dia, com muita pena minha, eu saio”.

Pedro Negrão, uma das vitimas da tragédia, também escreveu no relatório que o Dux “é mais duro do que pensava, a praxe é dura, mas é praxe”.

As reuniões do Maximum Praxis Concilium (MPC) começaram no dia 16 de outubro e tinham como objetivo trazer mais pessoas para as atividades e “trabalhar os pastranos” para “saber levar todos ao limite”.

Pedro Negrão elaborou, na altura, um calendário apertado de atividades, tentando captar os estudantes para a praxe: “Fomos buscar as bestas à sala de aula para comparecerem na praxe e foi bem-sucedido”, pode ler-se no documento.

Noutra página, estava explicado que o Dux ia aplicando sanções a quem falhava. “Foi descoberto que uma doutora deu confiança a uma besta, perguntando-lhe se ela queria apontamentos. Devido a esta confiança, ser-lhe-á aplicada uma sanção”.

Uma ata de 25 de novembro acrescenta que o “BIOTEC volta a informar que um elemento da sua comissão de praxe foi visto aos beijos, em frente à sala de micro-ondas, com uma besta, sendo estes namorados. O Babyborn anda a falar com a besta sobre assuntos que não devia”.

O fim de semana no Meco seria uma espécie de prova de fogo para todos os veteranos e representantes de curso.

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