PJ faz buscas na Junta de Arroios devido a gestão de Margarida Martins
Em causa estarão "alegados crimes económico-financeiros e usufruto pessoal de bens públicos" relacionados com a gestão da ex-autarca do PS.
País Margarida Martins
A Polícia Judiciária (PJ) está, na manhã desta quarta-feira, a fazer buscas na sede da Junta de Freguesia de Arroios, no Largo do Intendente, relacionadas com a gestão da ex-presidente Margarida Martins, avança a revista Sábado.
Em causa estarão "alegados crimes económico-financeiros e usufruto pessoal de bens públicos" relacionados com a gestão da ex-autarca do PS nos dois mandatos como presidente da Junta de Freguesia de Arroios, de 2013 a 2021.
Também a RTP e o Público indicam que a investigação está relacionada com "eventuais crimes económico-financeiros e usufruto pessoal de bens públicos por parte de Margarida Martins".
Recorde-se que, nas eleições autárquicas do passado dia 26 de setembro, a coligação liderada pelo PSD em Lisboa ganhou seis juntas ao PS: Alvalade, Arroios, Avenidas Novas, Lumiar, Parque das Nações e São Domingos de Benfica.
Nesta freguesia de Arroios, recorde-se, foi eleita Madalena Natividade, candidata pela coligação 'Novos Tempos', com 29,02% dos votos, afastando a reeleição da socialista Margarida Martins que teve 23,79% dos votos.
"Compra de cimento em doses consideradas excessivas"
Mesmo antes das eleições de 26 de setembro, a Sábado publicou uma reportagem sobre a gestão da então autarca do PS em Arroios, em que referia "a utilização de um carro da junta, conduzido por um fiscal da Higiene Urbana em funções, para a levar e trazer a casa aos sábados de manhã a propósito das suas idas pessoais ao mercado 31 de Janeiro", espaço em que "não pagava muitas das compras que fazia", assim com a existência de uma dívida pendente na Segurança Social, na ordem dos 47 mil euros, referente a uma alegada falsa baixa médica quando foi presidente da Associação Abraço.
De acordo com o jornal Público, as buscas hoje realizadas pela PJ estarão sobretudo relacionadas com dois processos, nomeadamente "a compra de cimento em doses consideradas excessivas" e "a contratação de empresas para a manutenção de espaços verdes".
Relativamente aos contratos de manutenção de espaços verdes, o Tribunal de Contas apontou várias ilegalidades num relatório de outubro de 2020, por a Junta de Arroios ter dividido os espaços verdes da freguesia por dois lotes.
O tribunal considerou estar em causa "uma estratégia para fugir à necessidade de concursos públicos", além de que fez contratos por ajuste direto com várias empresas com os mesmos donos.
[Notícia atualizada às 13h42]
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