O ministro João Gomes Cravinho e o Chefe do Estado Maior do Exército foram vaiados este domingo, em Aveiro, por centenas de ex-militares, no local onde se celebra o Dia do Exército. De acordo com a RTP, os assobios e apupos de paraquedistas, comandos e veteranos começaram a ouvir-se ao início da tarde, numa cerimónia que assinala o Dia do Exército.
Os manifestantes mostraram assim indignação em relação às regras impostas para estas cerimónias, nomeadamente a proibição de ser cantado o hino dos paraquedistas, a música 'Pátria Mãe', mas também pelo facto de ter sido impedido o uso da boina verde, típica do paraquedistas.
No ruidoso protesto, relata a estação pública, chegou mesmo a ser pedida a demissão tanto do ministro como do Chefe do Estado Maior do Exército.
"O Exército, infelizmente, não respeita os paraquedistas nem as operações especiais como os fuzileiros e comandos. Os nossos cânticos e as nossas marchas hão de se manter sempre", disse à RTP um dos ex-paraquedistas presentes.
Durante praticamente toda a cerimónia ouviram-se gritos de "demissão", "deixa os homens cantar" e "palhaço", intervalados com cânticos e o brado dos paraquedistas.
No dia do Exército, o Ministro da Defesa afirma que a história do Ramo "confunde-se com a de Portugal e nela se moderniza". @JoaoCravinho reitera: "Contamos com o Exército e o Exército sabe que pode contar connosco e com os Portugueses, que agradecem o serviço leal e dedicado". pic.twitter.com/HqMbPj99wU
— Defesa Nacional (@defesa_pt) October 24, 2021
Oiça, abaixo, a música 'Pátria Mãe'.
Leia Também: OE. Ministro "confiante" em acordo que evite cenário "muito penalizador"