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Rendeiro? "Fugir é um ato de cobardia, encarar é um ato de coragem"

Paulo Guichard falou aos jornalistas após ser libertado, esta quinta-feira. "Respeito e respeitarei sempre as decisões das autoridades e estarei sempre aqui para, de uma forma correta e objetiva, assumir as minhas responsabilidades", afirmou.

Rendeiro? "Fugir é um ato de cobardia, encarar é um ato de coragem"
Notícias ao Minuto

16:12 - 14/10/21 por Notícias ao Minuto

País Paulo Guichard

"Globalmente, fugir é um ato de cobardia, encarar é um ato de coragem. E foi isso que eu tentei fazer". Foi deste modo que Paulo Guichard respondeu aos jornalistas, logo após ter sido libertado, esta quinta-feira, quando questionado sobre João Rendeiro, ex-banqueiro que se encontra em fuga, ainda em parte incerta. 

À saída de Custóias, o antigo administrador do Banco Privado Português (BPP) deixou uma palavra de agradecimento aos seus advogados e ao Supremo Tribunal "que penso que repôs a Justiça e repôs a verdade em relação à minha situação". 

Guichard explicou, em seguida, que chegou ao aeroporto vindo do Rio de Janeiro, no Brasil, para se "apresentar voluntariamente às autoridades", tendo sido "surpreendido com um mandado de captura".

"Fiquei estupefacto, mas respeito e respeitarei sempre as decisões das autoridades e estarei sempre aqui para, de uma forma correta e objetiva, assumir as minhas responsabilidades, alguns erros que tenha feito e para enfrentar o futuro com dignidade"

O também ex-braço-direito de João Rendeiro revelou que entregou o passaporte e informou a Justiça que "não tem passaporte brasileiro, nem nunca quis ter". "Sou um cidadão português com muita honra e assim serei até morrer", afirmou.

Sobre o 'Caso BPP', o antigo administrador considerou haver "fragilidades". E estas "têm de ser assumidas pelas pessoas." "As autoridades é que têm que tomar as decisões, nos fóruns adequados", rematou.

Recorde-se que o ex-administrador do BPP Paulo Guichard foi detido na passada quinta-feira no aeroporto do Porto. Desde então esteve detido no estabelecimento prisional de Custóias, em Matosinhos, no distrito do Porto. No próprio dia deu entrada na Justiça a petição de 'Habeas Corpus' por considerar a defesa que a detenção era ilegal, pedido esse que foi aceite hoje pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Guichard, com 61 anos, de nacionalidade portuguesa e que vivia há vários anos no Rio de janeiro (Brasil), foi condenado a uma pena única de quatro anos e oito meses de prisão efetiva pela prática de seis crimes de falsidade informática e um crime de falsificação de boletins, atas ou documentos.

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, verificou-se em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa.

O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática. Entre os condenados em processos relacionados com o BPP estão os ex-administradores Paulo Guichard, Salvador Fezas Vital, Fernando Lima e João Rendeiro, que fugiu para o estrangeiro e está em paradeiro incerto. Guichard, Fezas Vital e Fernando Lima expressaram publicamente repúdio pela fuga de João Rendeiro à Justiça.

[Notícia atualizada às 16h30]

Leia Também: Paulo Guichard vai ser libertado. Supremo aceita Habeas Corpus

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