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Virá do Porto a 'Arte em São Bento', um investimento para continuar

O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje esperar que o programa 'Arte em São Bento' tenha continuidade porque sem investimento esta área não existe, anunciando que a coleção que no próximo ano estará na residência oficial virá do Porto.

Virá do Porto a 'Arte em São Bento', um investimento para continuar
Notícias ao Minuto

14:23 - 05/10/21 por Lusa

País António Costa

"Esta não é a minha casa, esta é uma casa dos cidadãos e por isso decidimos que uma forma de assinalar o dia 05 de Outubro era anualmente podermos devolver aos cidadãos esta casa que é sua. Entendemos que a melhor forma de o fazer era, simultaneamente, pagando um tributo devido aos nossos artistas e uma homenagem também àqueles que têm um papel fundamental em todo o processo artístico que são os colecionadores", disse António Costa no discurso de inauguração da edição deste ano da "Arte em São Bento", nos jardins do Palacete de São Bento.

O primeiro-ministro discursou depois da visita guiada à exposição feita pelo curador Delfim Sardo, que esta ano é cedida pela Coleção de Ana Cristina e António Albertino (AA), com sede em Coimbra, que se apresenta pela primeira vez em Lisboa, num total de 41 peças.

No dia da inauguração da "Arte em São Bento", iniciada em 2017, António Costa lembrou que não só se acolhe coleção que estará em mostra a partir dali como "também qual é a coleção que se segue".

"Assim vai ser, no próximo ano, vamos ter aqui a coleção de Pedro Alves Ribeiro, que habitualmente está presente na Casa de São Roque, no Porto e que terá como curador João Silvério. Daqui a um ano, aqui estaremos, já sem esta coleção, mas com uma nova coleção a chegar", prometeu, com o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, na plateia, depois de também ter integrado a comitiva que visitou a mostra.

Até ao próximo ano, explicou o chefe do executivo, prosseguirá o trabalho de procura e identificação de novas coleções, com um objetivo identificado mais a logo prazo: "que em outubro de 2023, aqui estejamos a lançar a nova coleção que nos irá acompanhar até outubro de 2024".

"Espero que seja um percurso que tenha continuidade, que seja um percurso que ajude a incentivar o investimento em arte porque não há arte se não houver investimento na arte, se não houver o desenvolvimento desse mercado porque é esse mercado que faz os artistas poderem viver, poderem continuar a criar, poderem continuar a cumprir a sua tarefa", afirmou.

De acordo com António Costa, este programa insere-se numa estratégia de definida pelo Governo, desde logo "retomar uma boa tradição" de em cada 25 de Abril "adquirir uma peça de arte pública para residir" no maravilhoso jardim de São Bento.

"E o conjunto da estratégia que temos vindo a desenvolver para procurar apoiar e incentivar a criação artística e as artes plásticas", explicou.

No dia em que se comemora a Implantação da República, o primeiro-ministro considerou que esta teve "um facto muito importante que foi separar o património do Estado, o património dos cidadãos, o património público daquilo que é o património de cada um daqueles que temporariamente exercem funções políticas".

"Ao longo destes cinco anos tivemos já um percurso bastante diversificado. No seu conjunto temos cumprido aquela que é a função: é que esta casa seja também uma montra do Portugal que hoje se faz, do Portugal que os artistas diariamente vão criando, recriando e reinventado", destacou.

António Costa aproveitou ainda a ocasião para fazer um balanço do programa a que o Governo deu início em 2019 para aquisição anual pelo Estado de obras contemporânea.

"Começamos em 2019 com uma verba de 300 mil euros, subimos no ano a seguir para 500 mil euros. Este ano, não obstante as dificuldades todas da pandemia, conseguimos subir para 650 mil euros. No próximo ano temos já orçamentado um investimento de mais 800 mil euros para cumprir o objetivo a que nos tínhamos proposto de no final da legislatura, em 2023, podermos estar a investir um milhão de euros na aquisição de obras de arte contemporânea", sintetizou.

Em julho deste ano, a tutela da Cultura tinha anunciado que a Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE) contava então com mais de 70 novas obras, adquiridas este ano por 650 mil euros, estando previsto um aumento para 800 mil euros de novas aquisições em 2022.

A residência oficial do primeiro-ministro estará aberta ao público para visitas à mostra entre as 15:00 e as 19:00, e até setembro de 2022, a exposição "Arte em São Bento -- Coleção AA" poderá ser visitada no primeiro domingo de cada mês.

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