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Associação mutualista de Espinho quer construir lar para mais 120 idosos

A Associação de Socorros Mútuos São Francisco de Assis, em Espinho, revelou hoje ter em candidatura a apoio estatal para a construção de um lar de idosos para 120 utentes, o que deverá implicar cinco milhões de euros.

Associação mutualista de Espinho quer construir lar para mais 120 idosos
Notícias ao Minuto

13:16 - 04/10/21 por Lusa

País Espinho

Em atividade há 116 anos e com cerca de 14.000 associados, essa instituição mutualista do distrito de Aveiro já dispõe de uma estrutura residencial para 80 seniores, construída apenas com verbas privadas, e quer agora aumentar a sua capacidade de resposta face à "elevada procura" por parte de cidadãos de Espinho e de outros municípios.

"Há muita população a precisar mesmo disto porque as pessoas têm cada vez mais longevidade, estão sozinhas e precisam de apoio, sobretudo aquelas com uma reforma mais pequena", declarou à Lusa o presidente da associação, Manuel Rocha.

Esse responsável realçou, contudo, que não é só a questão económica e a falta de retaguarda familiar a motivar essa procura: "O nosso lar também é muito procurado porque permite uma terceira idade com qualidade de vida e alguma autonomia, já que apostamos muito na animação social, fazemos por ter os nossos utentes sempre ativos e eles sabem que não vêm para cá só para ficar parados na cadeira".

Caso seja aprovada, a candidatura da Associação São Francisco ao financiamento do Estado não poderá receber mais do que "60% do montante total da obra" e Manuel Rocha já antecipa ter que recorrer a empréstimo bancário para suportar a restante despesa.

"O grande problema é que o Governo só financia estes projetos se eles cumprirem determinadas dimensões e nós já sabemos que não as vamos respeitar, porque, como o Estado pede áreas muito pequenas e poucos serviços, não nos vamos pôr a construir uma coisa que sabemos de antemão que não chegará para as nossas necessidades", explica o presidente da instituição mutualista.

Esses limites aplicam-se sobretudo a "número de quartos e de salas de atividades", pelo que Manuel Rocha esperar poder continuar a contar "com o apoio da banca, que, felizmente, deposita confiança na associação e já ajudou na construção do primeiro lar", em funcionamento desde 2017.

"Temos feito obra sempre com dinheiro bancário, porque, do Estado e da Câmara Municipal de Espinho, ao longo dos 22 anos em que estou na direção da casa, não recebemos praticamente nada", refere o presidente, notando que "o único subsídio regular da instituição é o de 5.000 euros por parte do Casino Solverde".

O terreno para construção da nova estrutura residencial já foi adquirido junto à atual sede da associação, na freguesia de Anta, e tem uma área de 8.000 metros quadrados, dos quais uma parte ficará afeta ao lar e outra a uma segunda creche. "A atual recebe 80 crianças e está completamente lotada", garante Manuel Rocha.

Após vários meses sem qualquer resposta, a expectativa desse responsável é que o Governo emita finalmente uma decisão sobre a candidatura pendente.

"Estou cansado de ligar para a Segurança Social de Aveiro e para Lisboa, e não há maneira de termos resposta", lamenta o presidente da associação -- que emprega um total de 84 funcionários, 62 dos quais afetos especificamente ao presente lar de idosos.

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