Marta e Diogo ainda não votam mas já escolheram a cor política
Marta e Diogo ainda não têm 18 anos, mas já aparecem, de bandeira na mão, nas iniciativas da CDU no Barreiro e têm a certeza de que é nesta força política que depositarão confiança quando o momento chegar.
© Reuters
País Autárquicas
Chegaram ao local da sessão pública da CDU, durante a tarde de quarta-feira, no Barreiro, na frente de um desfile que acabou junto a uma escola secundária. Permaneceram em pé, do lado direito do palco, enquanto o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, discursou.
O PCP é um partido centenário e apregoa que "o futuro tem partido". Marta Santos e Diogo Martins talvez sejam a concretização deste lema.
Marta tem 16, ainda está a dois anos de poder votar, mas está decidida. É na CDU que vai 'apostar as fichas' na primeira oportunidade que tiver, que em princípio será nas eleições legislativas de 2023.
"Sinto que a CDU é a força política que dá o apoio certo aos jovens, à cultura e ao desporto, e é com isso que me identifico", explicou à agência Lusa a estudante do 11.º ano.
Ainda não pensa nos desafios que o mercado do trabalho vai trazer, mas deposita confiança na proteção que a CDU lhe poderá trazer e "de certeza que vai correr bem".
Marta Santos não tem a certeza de quando é que surgiu o interesse em conhecer a CDU, mas lembra-se "de ouvir as propostas e as ideias deles" e acabaram por fazer sentido, algo que não identificou em outros partidos ou coligações.
Por agora, está "muito confortável" na posição de apoiante, mas o futuro é incógnita e sente que "teria todo o gosto" em participar "mais ativamente".
Diogo Martins tem mais um ano do que Marta e a ida para a faculdade está quase a chegar. Há três anos, explicitou, ficou a conhecer a CDU através de iniciativas de rua e definiu três pilares que o convenceram e que repetiu à Lusa umas quantas vezes: cultura, educação e desporto.
Do mundo académico só as propinas o preocupam e, "apesar da redução" registada nos últimos anos, o "suficiente" era "acabar com as propinas".
Votar só lá para 2023, mas a decisão está tomada como se fosse às urnas no domingo: "Eu tenho o meu voto escolhido. O meu voto é na CDU".
Um pouco atarefado e a tentar organizar os 'miúdos' enquanto os 'graúdos' não discursavam estava Simão Calisto, de 23 anos, candidato à assembleia municipal de Setúbal pela CDU.
Jerónimo de Sousa reiterou várias vezes antes e durante a campanha eleitoral que as listas da CDU estavam repletas de jovens. Um deles é Simão, que não vê qualquer distinção entre 'miúdos' e 'graúdos' e isso é que o convenceu a fazer parte da corrida autárquica.
A Coligação Democrática Unitária é "a única força", na opinião do candidato autárquico, que "defende a juventude, os seus direitos e a sua participação".
"Fazemos parte deste projeto", sustentou, por isso, críticas de que a CDU é uma força envelhecida "são infundadas".
Não é estranho às candidaturas em eleições. Há dois anos integrou as listas pelo distrito de Setúbal, apesar de não ter sido eleito.
A CDU, sustentou, é a "força do futuro" porque tem um partido centenário como o PCP e "conta com essa experiência", mas também tem a "irreverência da juventude" para puxar pelas campanhas.
Abandonaram o espaço onde decorreu a sessão pública já depois de a "Carvalhesa" deixar de se ouvir pelas colunas e a bandeira ficou na mão até ao final.
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