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Reunião com homólogos da UE "será muito importante" e "momento único"

Marcelo Rebelo de Sousa vai encontrar-se esta quarta-feira com os homólogos da União Europeia em Roma, na 16.ª edição do Grupo de Arraiolos, uma iniciativa lançada por Jorge Sampaio em 2003.

Reunião com homólogos da UE "será muito importante" e "momento único"
Notícias ao Minuto

18:09 - 14/09/21 por Melissa Lopes

País Europa

O Presidente da República perspetivou que a reunião do Grupo de Arraiolos, que se realiza amanhã em Roma, "será muito importante" e um momento "único" para discutir diversos temas. 

"Primeiro, pelo número de presidentes - 15. Segundo, porque estamos em cima de eleições europeias, que são fundamentais para o futuro imediato da Europa (o caso da Alemanha este mês, da França proximamente, de Itália também em janeiro do próximo ano)", argumentou o chefe de Estado português, em declarações à SIC Notícias. 

Paralelamente, o encontro de chefes de Estado da UE reveste-se de uma importância especial por outras razões: "Estamos a seguir o que se passou no Afeganistão. Estamos na transição da pandemia para a endemia; estamos no começo da aplicação dos PRR; estamos em vésperas da Assembleia geral das Nações Unidas, com a nova administração americana", elencou Marcelo. 

Perante este contexto, a reunião vai ser, na ótica do Presidente,  "um momento único" para ver qual vai ser a evolução da pandemia e da recuperação económica europeia, assim como para perspetivar a estabilidade política da Europa e discutir o ponto de situação sobre "o relacionamento com os chamados populismos".

Além disso, esta "é uma reunião que tem para nós, portugueses, um significado especial porque homenageará certamente o presidente Jorge Sampaio, que foi quem criou este grupo em 2003", frisou Marcelo, prometendo tudo fazer para que, em 2023, "possamos ter os 20 anos de Arraiolos em Portugal". 

Sobre a pandemia, o Presidente considerou existir uma evolução favorável na Europa, ainda que haja um outro país onde houve um ligeiro agravamento nas últimas semanas. Marcelo observou ainda que a evolução é igualmente favorável na economia e no turismo. 

"Naturalmente que há problemas preocupantes, um deles é saber qual é a estratégia da Europa no mundo, que lições que se retiram do Afeganistão; que lições para o relacionamento UE/Nato", sublinhou ainda Marcelo.

Realiza-se em Roma este ano a 16.ª reunião do Grupo de Arraiolos, que junta anualmente presidentes não executivos de 15 Estados-membros da UE, uma iniciativa lançada por Jorge Sampaio, que morreu na passada sexta-feira. 

Em 2003, o então chefe de Estado português, Jorge Sampaio, promoveu um encontro na vila alentejana de Arraiolos para discutir o futuro da União Europeia com um conjunto de Presidentes da República com poderes semelhantes aos seus e, desde essa altura, o encontro tem sido anual.

Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu na sexta-feira, aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz, no distrito de Lisboa, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias.

Em 2018, quando o Grupo de Arraiolos se reuniu em Riga, na Letónia, o agora chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que Lisboa iria acolher a reunião de 2020.

Estava então previsto que, entre 8 e 9 de outubro de 2020, Portugal acolhesse esta 16.ª reunião do Grupo de Arraiolos, mas isso acabou por não acontecer devido à pandemia de covid-19.

No encontro de 2019, em Atenas, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que na reunião de Lisboa se iria "fazer o balanço e ver o que grupo que reúne todos os anos deve mudar" e analisar se "deve alargar-se e se deve ter ligação com outras realidades, mesmo não europeias".

"O mundo e a Europa mudaram tanto que temos de repensar o Grupo de Arraiolos", considerou o Presidente da República na altura.

A reunião deste ano, organizada pela Presidência italiana, decorre Palácio do Quirinal, local da residência oficial do chefe de Estado italiano.

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